A Semana Cultural da Universidade de Coimbra, que nos últimos anos se estendia por cerca de dois meses, volta a aproximar-se “do conceito de semana”, com concertos, exposições e espetáculos concentrados entre 01 e 15 de março, foi hoje anunciado.
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“Nos últimos anos, a Semana Cultural foi crescendo e durava cerca de dois meses. Houve um entendimento para reduzir a duração, libertando energias e espaço para outras iniciativas estruturantes ao longo do ano”, afirmou o vice-reitor da Universidade de Coimbra com a pasta da cultura, Delfim Leão, na conferência de imprensa de apresentação da iniciativa.
A 22.ª edição, que conta com cerca de 30 eventos, vai começar com um concerto intitulado “Universis”, no Teatro Académico de Gil Vicente, onde a Orquestra Académica da Universidade de Coimbra vai levar a palco uma peça orquestral e coral construída de raiz pelo compositor Luís Cardoso, a propósito da celebração dos 730 anos daquela instituição do ensino superior.
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A 05 de março, decorre a conferência performance de Gonçalo M. Tavares e de Os Espacialistas, que parte do livro “Atlas do Corpo e da Imaginação”, no Teatro Académico de Gil Vicente, local que recebe no dia seguinte um espetáculo de morna, que junta a orquestra da Tuna Académica da Universidade de Coimbra com duas cantoras cabo-verdianas, Nancy Vieira e Nissah Barbosa.
No Teatro Académico de Gil Vicente, realizam-se ainda o concerto de aniversário da Rádio Universidade de Coimbra (dia 07), com Conferência Inferno, Hangloser e Kara Konchar, um concerto de rap no feminino (13), com a participação de Mynda Guevara, Pi, Muleca XIII e Blink, e uma atuação da Orquestra Clássica do Centro, que evoca os 250 anos do nascimento de Beethoven, no dia 14, interpretando a 8.ª Sinfonia e a Fantasia Coral do compositor alemão.
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A Semana Cultural conta ainda com oficinas, ciclos de cinema, debates, exposições de fotografia, entre outras propostas.
De acordo com o vice-reitor, a maioria dos eventos decorre de candidaturas de grupos e entidades que aproveitam a “oportunidade de financiamento”, salientando que, face à concentração das iniciativas, cada evento acaba por ter um apoio mais substancial do que em edições anteriores.
Ao todo, a iniciativa está orçamentada em “perto de 50 mil euros”, afirmou Delfim Leão, referindo que, face à reformulação do evento, haverá investimentos noutras iniciativas culturais, nomeadamente um ciclo de teatro e artes performativas, entre maio e junho, e um ciclo de música no final do ano.
Para além dessas mudanças, o concerto solidário, que normalmente decorre na Semana Cultural, vai passar a realizar-se de forma isolada, estando previsto acontecer no início do próximo ano letivo, explicou.
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