Portugal

Seis em cada 10 crianças acolhidas em 2021 tinham medida de proteção anterior

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 09-12-2022

Praticamente seis em cada 10 crianças que estavam no sistema de acolhimento em 2021 já tinham uma medida de proteção anterior, a maioria delas junto dos pais, havendo 116 que regressaram ao sistema de acolhimento.

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De acordo com o relatório CASA – Caracterização Anual da Situação de Acolhimento das Crianças e Jovens para 2021, que inclui dados entre 1 de janeiro e 1 de novembro, “as crianças e jovens que integram o sistema de acolhimento tiveram um percurso no sistema de promoção e proteção e à maioria foram aplicadas medidas em meio natural de vida”.

Entre as 6.369 crianças e jovens que estavam no sistema de acolhimento em 2021, 3.955 já haviam visto ser-lhes aplicada alguma medida em meio natural antes do primeiro acolhimento, o que representa 62%, enquanto as restantes 38% nunca tiveram qualquer medida de proteção.

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Entre as medidas aplicadas em meio natural de vida antes da entrada no sistema de acolhimento, 3.253 (82,3%) foram de apoio junto dos pais, tendo havido também quase 20% de medidas de apoio junto de outros familiares.

Em 2021, houve 2.002 crianças e jovens que foram transferidas de resposta de acolhimento, sendo que em quase 24% dos casos isso aconteceu duas ou mais vezes e em apenas 8% uma só vez.

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Por outro lado, “116 crianças e jovens voltaram a entrar no sistema de acolhimento, depois de no seu percurso terem sido protegidas numa resposta de acolhimento, e por decisão das CPCJ [Comissões de Proteção de Crianças e Jovens] ou Tribunais regressaram ao meio natural de vida”, refere o relatório.

A maioria destas crianças (105) tinham uma medida de proteção em meio natural de vida, seja junto dos pais ou de outros familiares.

O relatório que será hoje entregue na Assembleia República dá também conta de 77 crianças ou jovens que fugiram, com maior expressão na fuga de adolescentes com 15 ou mais anos (66). “Dentro desta faixa etária fogem mais raparigas (35 | 53%) do que rapazes (31 | 43%), embora no ano em análise a diferença seja de apenas quatro jovens”.

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