Coimbra
Secretário de Estado do Mar afirma que naufrágio do Jesus dos Navegantes resulta de condições excecionais
O secretário de Estado do Mar, Manuel Pinto de Abreu, negou que o naufrágio do dia 25 de outubro na Figueira da Foz esteja relacionado com o assoreamento da barra, considerando que foi provocado por “condições excecionais”.
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Manuel Pinto de Abreu sublinhou, durante o debate do Orçamento do Estado na Assembleia da República, “nenhuma embarcação de pesca tem qualquer condicionante à prática do porto da Figueira da Foz” que está preparado para navios com um calado máximo de seis metros.
“O que se passou, e que está a ser investigado, não é consequência de uma situação de assoreamento da barra, é uma consequência de condições excecionais que exigem uma prática excecional da barra”, salientou o governante, considerando que é necessário que os pescadores promovam a sua própria segurança.
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A este propósito, lembrou “as palavras do mestre Festas [presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar] que disse que é necessário mudar a cultura dos pescadores e que estes passem a adotar uma postura da máxima segurança”, nomeadamente utilizando equipamentos cuja aquisição tem sido promovida pelo programa PROMAR (Programa Operacional de Pescas).
O mestre José Festas disse na altura que a forma como a barra do porto da Figueira da Foz foi construída pode ter ajudado ao naufrágio da Jesus dos Navegantes, provocando a morte de três pescadores.
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José Festas justificou a falta de uso do colete salva-vidas com as dificuldades que o mesmo coloca.
“Se o estivessem a usar, se calhar, com o barco a virar, teriam morrido mais [tripulantes], porque com o colete vestido é muito difícil mergulhar”, sublinhou o antigo pescador.
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