Um estudo recente sugere que o sangue jovem pode ter efeitos rejuvenescedores na pele humana, confirmando, em parte, uma ideia que por séculos se manteve apenas em histórias de vampiros.
Nos livros e filmes de ficção, vampiros mantêm sua vitalidade ao beber sangue, uma prática que agora encontra respaldo científico – embora, infelizmente, sem promessa de imortalidade. O estudo, publicado no jornal Aging, demonstra que proteínas secretadas por células da medula óssea, quando estimuladas por sangue jovem, podem reverter alguns sinais de envelhecimento cutâneo.
A pesquisa, conduzida pelo departamento de Investigação e Desenvolvimento da empresa de cuidados de pele Beiersdorf AG, na Alemanha, segue experiências anteriores com animais, nas quais ratos mais velhos mostraram rejuvenescimento ao compartilhar a circulação sanguínea com ratos jovens, pode ler-se no ZAP.
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Os cientistas utilizaram um sistema de “órgão-em-chip” que combinava dois organoides humanos 3D: um modelo de pele e um modelo de medula óssea contendo células estaminais. Ao introduzir soro sanguíneo humano jovem (menos de 30 anos) e idoso (mais de 60 anos), observaram que apenas a combinação do soro jovem com a medula óssea promovia efeitos significativos de rejuvenescimento.
Entre os resultados, destacam-se aumento da proliferação celular, redução da idade biológica das células, melhoria da função mitocondrial e maior produção de colagénio. As células da medula óssea expostas ao sangue jovem também passaram a secretar proteínas capazes de reverter sinais de envelhecimento nos modelos de pele.
Embora os testes tenham sido realizados apenas em tecidos cultivados em laboratório, os pesquisadores acreditam que a descoberta abre caminho para novos ingredientes rejuvenescedores baseados em medula óssea jovem. O próximo passo será testar esses efeitos em organismos vivos.
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