Política

Salvador Malheiro disse em Coimbra que PSD não vê de “forma fanática” questões ambientais

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 21-01-2022

 O vice-presidente social-democrata Salvador Malheiro afirmou hoje, em Coimbra, que o PSD “não olha de forma fanática” para as questões ambientais e “tem a coragem” de enfrentar “todos os lobbies” instalados neste setor.

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O também presidente da Câmara de Ovar e coordenador do Conselho Estratégico Nacional do PSD para o Ambiente e Energia falava no decorrer da iniciativa “Conversas Centrais”, que concluiu o dia de campanha social-democrata em Coimbra.

“O Governo falhou em matéria de ambiente e energia, ou por outra, com as condições que nós temos poderíamos ter feito muito, muito mais”, afirmou Salvador Malheiro.

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O dirigente social-democrata disse ainda que o PSD “tem uma visão do ambiente e energia completamente distinto dos partidos de esquerda” .“Nós não olhamos de uma forma fanática para as questões ambientais”, frisou.

Apontou ainda o “desafio enorme” de proporcionar “novas oportunidades de negócio, de novos investimentos” e porque só assim, de forma conjunta é possível “alcançar os objetivos”.

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“Nós temos a coragem de enfrentar, sem qualquer tipo de problema, todos os lobbies instalados neste setor, e todos nós sabemos que existe muito interesse neste setor, seja no ambiente, seja na energia”, salientou.

Durante a sessão temática de hoje, na parte aberta aos participantes foram colocadas questões relacionadas com a erosão costeira, o lítio, o hidrogénio e a energia nuclear.

Salvador Malheiro frisou não fugir “a questão nenhuma” e quanto à erosão costeira defendeu “uma mudança de atitude” e “não estar à espera que aconteçam as desgraças” e, entre as medidas propostas, elencou “operações de manutenção” como, por exemplo, “‘shots’ de areia para alimentar as praias”.

Referiu ainda que, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, o Governo “não afetou nem um euro” para este problema da erosão costeira, o que classificou “como uma vergonha”.

Quanto ao lítio, disse perceber as “mais-valias”, mas salientou que o PSD olha para os três vetores da sustentabilidade “com a mesma importância” e que tem que contar “a componente ambiental, economia e social”

Referiu ainda que o PSD não tem “esse fanatismo de dizer não” e frisou que “tem de haver mais-valia para a comunidade local”.

Quanto ao hidrogénio, disse que “tem o seu lugar”. “Hidrogénio sim, mas não da maneira como o PS está a perspetivar. Aliás aquela estratégia nacional de hidrogénio, que foi aprovada, tem o cunho de grandes empresas e grandes interesses, eles não ouviram os partidos, não falaram com a comunidade”, referiu.

“Hoje num programa eleitoral para quatro anos,, sobre o nuclear, a nossa resposta é não obrigado, mas estamos atentos ao que pode acontecer num futuro próximo, temos de acompanhar essa evolução, mas naturalmente não temos fanatismo sobre qualquer tipo e matéria”, apontou.

Salvador Malheiro referiu-se ainda à questão da água, salientando que, no pico do Inverno, as reservas estão a “níveis extremamente baixos” e apontou que, sem chuva, se pode vir a “ter um problema gravíssimo”.

“É um setor que temos que olhar com olhos de ver e não estar completamente dependentes de Espanha”, salientou.

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