Coimbra

Saiu do Entroncamento às 5:00 com destino Aveiro mas fica preso em Coimbra

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 11-12-2025

A manhã desta sexta-feira ficou marcada por fortes perturbações na circulação ferroviária em várias linhas do país, com a estação de Coimbra B a transformar-se num dos principais pontos de acumulação de passageiros retidos devido à greve. Entre eles, Lúcio Serôdio, estudante de mestrado na Universidade de Aveiro, que relatou a sua “peripécia” desde as primeiras horas do dia.

“Saí de casa às 5:00 para tentar apanhar algum comboio”, contou. Lúcio partiu da zona do Entroncamento com destino a Aveiro, onde tinha aula marcada para as 9:00. Sabendo da greve, decidiu antecipar a saída, mas rapidamente percebeu que o plano não iria resultar.

PUBLICIDADE

publicidade

“Não consegui encontrar nenhum comboio. Fui suprimido desde as 5:55 e decidi apanhar o das 5:40. Chegado a Coimbra, constatei que não há nenhum comboio, está tudo suprimido. E estou aqui preso”, relata. A situação deixou-o sem alternativa imediata: “Nem consigo chegar a Aveiro, nem retornar. Estou preso aqui na estação de Coimbra B”.

PUBLICIDADE

Apesar do transtorno, Lúcio afirma compreender as motivações da greve: “Concordo, porque os trabalhadores têm direito a reivindicar a sua posição e o governo deve agir. Mas todos ficamos prejudicados, é preciso encontrar um meio-termo urgentemente.”

O estudante, que frequenta o mestrado em estatística multivariada, lamenta também o impacto académico: “Estamos a chegar à reta final do semestre. Faltar nesta altura é complicado. Já só faltam duas ou três aulas antes dos exames de janeiro.”

Uma verdadeira manhã de incerteza, como sublinhou o repórter no local: “A palavra mais utilizada aqui na estação de Coimbra B foi ‘suprimido’.”

Entre estudantes, trabalhadores e outros passageiros, multiplicaram-se histórias de frustração: pessoas a tentar chegar ao Porto, a Aveiro ou a Lisboa, mas sem qualquer garantia de que as ligações previstas se realizariam.

Enquanto isso, Lúcio continua a aguardar: “Se houver alguma abertura, vou para Aveiro. Se não, espero por outro comboio.” Com a aula a terminar às 12:30, admite que, mesmo que consiga viajar, “só apanho um bocadito”.

A greve prolonga-se ao longo do dia e deve continuar a provocar fortes perturbações na circulação ferroviária.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE