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Política

Rui Rio recandidata-se à liderança do PSD

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 19-10-2021

O presidente do PSD, Rui Rio, será recandidato à liderança do partido, refere um comunicado assinado pelo vice-presidente e agora diretor de campanha Salvador Malheiro.

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“Depois de uma reflexão aprofundada sobre a situação política do país e atendendo aos recentes resultados das últimas eleições autárquicas e da incompreensível instabilidade e divisões internas, entretanto geradas no PSD, o presidente Rui Rio decidiu recandidatar-se à liderança do Partido Social Democrata”, refere o comunicado, intitulado “Por Portugal, sou candidato”.

O comunicado, assinado pelo vice-presidente do PSD e líder da distrital de Aveiro Salvador Malheiro, refere que “depois de agora anunciada a sua decisão, o presidente do PSD e recandidato à liderança do partido fará brevemente a apresentação pública formal da sua recandidatura”.

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“Com esta sua decisão, tomada no devido tempo, de forma serena e responsável, e sem qualquer preocupação de ordem tática, Rui Rio entende, como sempre tem entendido ao longo da sua vida pública, que o interesse de Portugal tem de estar acima daquilo que possa ser a tranquilidade da sua própria vida pessoal”, justifica o texto.

O diretor de campanha da recandidatura de Rui Rio refere que seria “compreensível a tentação de não continuar” do atual presidente do partido “apesar dos êxitos políticos que o PSD conseguiu, quer no continente, quer nas Regiões Autónomas, e depois das múltiplas e desnecessárias dificuldades que, para tal, teve de ultrapassar”.

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“Mas, tal como sempre, Rui Rio não é homem para desistir de lutar pelo PSD e, acima de tudo, por Portugal”, salienta.

Rio mantinha desde a noite eleitoral autárquica, há mais de três semanas, o silêncio sobre uma eventual recandidatura, apesar de, logo na madrugada de 27 de setembro, ter considerado que o partido teve “um excelente resultado”, que o colocava em “melhores condições de vencer as eleições” legislativas de 2023.

As eleições diretas para escolher o presidente do PSD estão marcadas para 04 de dezembro e o Congresso vai decorrer entre 14 e 16 de janeiro, em Lisboa, e, com o anúncio de hoje, já estão assumidos dois candidatos: Rui Rio e o eurodeputado Paulo Rangel, que apresentou na sexta-feira formalmente a sua candidatura.

Rui Rio é presidente do PSD desde 13 de janeiro de 2018, quando venceu Pedro Santana Lopes por cerca de 54% dos votos, mandato que renovou em 18 de janeiro de 2020 ao derrotar com 53% dos votos Luís Montenegro, numa inédita segunda volta.

A notícia de que Rui Rio iria anunciar hoje a sua recandidatura foi avançada inicialmente pela TVI, pela hora de almoço.

Na segunda-feira, na tomada de posse de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa, Rui Rio afirmou que a decisão sobre a sua eventual recandidatura estava “quase tomada” e que em breve seria anunciada.

Nessa ocasião, Rui Rio reiterou estar muito preocupado por o país poder ir para eleições antecipadas com o partido em disputa interna.

“Obviamente que me preocupa muita esta situação que foi criada que é podermos ter um país em eleições antecipadas, que é mau, se o PSD estiver numa disputa – sem presidente eleito e com congresso lá para janeiro – isto é uma coisa terrível”, afirmou em declarações aos jornalistas.

Na quinta-feira, o Conselho Nacional do PSD chumbou uma proposta da direção para que o calendário eleitoral interno fosse suspenso até se esclarecer se o Orçamento do Estado é ou não aprovado, por 71 votos contra e 40 a favor.

Em entrevista à TVI, na segunda-feira, Paulo Rangel voltou a discordar desta proposta, considerando que o cenário de crise política “é especulativo” e “altamente improvável”, e que, ainda que se verificasse, não prejudicaria o PSD.

“Não há nenhum risco de uma eleição feita no PSD nesta altura não permitir que o partido tenha um candidato forte a legislativas se elas se dessem em início de fevereiro, meados de fevereiro ou até março”, defendeu, considerando que esse seria o calendário “normal”.

Na semana passada, quando admitiu um cenário de eleições antecipadas perante a ameaça de chumbo do Orçamento por parte de BE e PCP, o atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, estimou que as eleições legislativas antecipadas se realizariam em janeiro, que o novo Governo tomaria posse em fevereiro e que só haveria Orçamento em abril e realçou que neste período haveria uma “paragem em muitos fundos europeus”.

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