Política

Rui Rio “obviamente contra” prisão perpétua

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 05-01-2022

 O presidente do PSD afirmou hoje ser “obviamente” contra a prisão perpétua, mas defendeu que o líder do Chega apenas defende uma forma “mitigada” deste regime, com Catarina Martins a acusá-lo de querer “normalizar a selvajaria” da extrema-direita.

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No debate televisivo entre Rui Rio e Catarina Martins, na SIC, a moderadora Clara de Sousa desafiou o presidente do PSD a esclarecer afirmações que mereceram fortes críticas do PS sobre este tema, precisamente no debate com o líder do Chega, e perguntou se “em alguma circunstância” Rio admitia rever o atual regime prisional para incluir alguma forma de prisão perpétua.

“O que ficou claro no debate de segunda-feira com o Chega: ficou claro que eu sou contra a prisão perpétua, mas também ficou claro que o dr. André Ventura o que defende não é exatamente a prisão perpétua, mas o regime misto que existe em muitos dos países da Europa”, afirmou Rio.

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O presidente do PSD disse que o problema da justiça em Portugal “não é a dimensão das penas” e alegou “não ter tempo” no debate para explicar os diferentes regimes jurídicos europeus, mas considerou que a diferença para o sistema a que chamou de “prisão perpétua mitigada” – que permite uma revisão da pena ao fim de 15 anos – “não é muita” para o regime português.

Na resposta, a coordenadora do BE, Catarina Martins, disse ter ficado “preocupada”.

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“Mais do que explicar porque é que a prisão perpétua é inaceitável, está a tentar normalizar o que diz a extrema-direita, a Constituição da República não permite a prisão perpétua, é uma selvajaria”, criticou.

Na réplica, Rio discordou: “O que ficou provado não é a normalização da extrema-direita, é que depois de tanto barulho o dr. André Ventura não defende exatamente o que todos pensavam que defendia”, insistiu.

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