Justiça

Rui Pedro: O caso que continua a acordar esperança

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 horas atrás em 17-09-2025

O desaparecimento de Rui Pedro Teixeira Mendonça, de 11 anos, em 4 de março de 1998, em Lousada, continua a ser um dos casos mais mediáticos e enigmáticos de Portugal. Rui Pedro, que residia com os pais e a irmã mais nova, nunca foi encontrado, apesar de investigações ao longo das décadas.

Na tarde do desaparecimento, Rui Pedro saiu para andar de bicicleta após ser impedido pela mãe de se encontrar com um amigo mais velho, Afonso Dias. Testemunhos indicam que Rui Pedro terá sido levado para ver uma prostituta, e posteriormente desapareceu, levantando suspeitas de sequestro e tráfico sexual.

O desaparecimento levou à mobilização imediata da família e da polícia, mas os primeiros interrogatórios e ações investigativas tiveram várias falhas. Afonso Dias, interrogado na altura, afirmou não saber do paradeiro do menino e sugeriu, segundo relatos, que “a polícia deveria fechar as fronteiras”.

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Ao longo das horas e dias seguintes, surgiram diversos relatos de avistamentos, incluindo uma fotografia de 1998 tirada em Paris, que mostrava uma criança que se assemelhava a Rui Pedro, sentada ao lado de um adulto. No entanto, nenhuma pista resultou em localização concreta da criança.

Pistas posteriores, incluindo a identificação do menino em imagens da Deep Web e na Operação Wonderland Club, sugerem que poderia ter sido vítima de exploração sexual.

Afonso Dias foi condenado a três anos de prisão pelo sequestro do menor, mas não revelou o destino de Rui Pedro, mantendo o mistério sobre o paradeiro da criança. O advogado dos pais, Ricardo Sá Fernandes, criticou as falhas graves da investigação inicial, incluindo a não valorização de testemunhos chave e a omissão de pistas relevantes, como o depoimento da prostituta Alcina Dias.

Apesar da morte presumida declarada em 2019, o caso continua a gerar comoção e debate público, refletindo falhas institucionais e a complexidade de crimes envolvendo menores. A família de Rui Pedro mantém viva a esperança de respostas, enquanto o caso permanece como alerta sobre sequestro, exploração infantil e os perigos da Dark Web.

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