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Rovisco Pais único Hospital do País no Campeonato Nacional de Andebol em Cadeira de Rodas

Notícias de Coimbra | 3 meses atrás em 16-02-2024

O Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro Rovisco Pais (CMRRC – Rovisco Pais), da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra), uma unidade de referência na prestação de cuidados em Medicina de Reabilitação, tem no desporto adaptado – nas vertentes terapêutica, recreativa e competitiva – um dos seus projetos diferenciadores.

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O Rovisco Pais é o único Centro de Reabilitação em Portugal com a oferta de Desporto Adaptado e o único Hospital do País com uma equipa federada no Campeonato Nacional de Andebol em Cadeira de Rodas (ACR).

“O Rovisco Pais é uma segunda vida para os seus utentes, é o local onde tudo recomeça nas diferentes áreas das suas vidas e no Desporto não é exceção”, explica Bruno Salgueiro, Professor de Desporto Adaptado. “Procuramos fazer um trabalho holístico, com grande rigor científico e muito foco nas particularidades de cada utente, porque cada caso é um caso e cada pessoa merece ser tratada individualmente”, sublinha. Federados há 10 anos e estando a disputar a época desportiva 2023/24, têm atualmente “uma equipa técnica de 4 elementos e 11 jogadores, de várias zonas do País, todos eles com lesão medular de diferentes níveis, tetraplégicos e paraplégicos”.

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A equipa participou no Campeonato Nacional de Andebol em Cadeira de Rodas, de 2013 a 2017, ganhando experiência – era uma das poucas equipas que não tinha passado competitivo noutra modalidade coletiva – e melhorando equipamento: uniram-se esforços e adquiriram-se cadeiras em 2014/2015 que permitiram que qualquer jogador pudesse integrar a equipa e equipamentos adaptados às particularidades dos jogadores.

Hoje, o Rovisco Pais orgulha-se de já ter cedido jogadores à Seleção Nacional, de ter alcançado a vitória de um dos Torneios da GarciCup na modalidade de ACR, um honroso 3º lugar no Campeonato e várias participações na Final 4 das Taças de Portugal.

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Quando, em 2010, dois técnicos superiores de Desporto Adaptado iniciaram o seu percurso no Centro Rovisco Pais, os utentes já tinham ao seu dispor um conjunto de atividades lúdicas, para ocupar os seus tempos livres. À medida que o Desporto Adaptado foi integrando a equipa multidisciplinar, o Centro foi aliando o valor da prática desportiva e da atividade física à reabilitação de pessoas com deficiência, “destacando as suas capacidades e não às suas dificuldades”, frisa Bruno Salgueiro. Desde então, e ao longo dos últimos 14 anos, o Desporto Adaptado do CMRRC – Rovisco Pais foi crescendo em dimensão, em oferta de modalidades e em número de participantes.

“Hoje, o Desporto Adaptado do nosso Centro é feito com grande rigor científico e com uma base sólida de trabalho na evolução do utente, durante o seu processo de reabilitação”, garante o responsável, acrescentando: “atualmente, à semelhança das terapias de maior relevo, como a fisioterapia, a terapia ocupacional ou a terapia da fala, o Desporto Adaptado é prescrito pelos médicos e executado pelos técnicos, de acordo com os objetivos definidos para o processo de reabilitação do utente”.

O Desporto Adaptado do CMRRC – Rovisco Pais funciona tanto com utentes em internamento, como com ex-utentes e utentes externos acompanhados por médicos do Centro, em consulta externa, desde que se considere benéfica a prática de Desporto Adaptado. No que diz respeito à vertente de competição, o Rovisco Pais tem vindo a apostar, desde 2010, nas modalidades de remo-indoor e ciclismo, com participação em provas Nacionais e Internacionais. Ainda em fase embrionária, também já há trabalho feito na área do rugby em cadeira de rodas.

Em 2012, o CMRRC-Rovisco Pais decidiu expandir a sua oferta de Desporto Adaptado de competição ao Andebol em Cadeira de Rodas. Constituiu-se uma equipa com utentes com diferentes lesões, incluindo tetraplegias. “Temos percorrido o país de norte e sul, trabalhando as melhorias físicas dos nossos atletas, e marcado muitos golos”, conta o professor de Desporto Adaptado, garantindo que “há sempre uma vitória, seja a desportiva, os ditos “3 pontos”, seja a moral, de conseguirmos um coletivo cada vez mais forte, que demonstra que o ACR é praticamente igual ao regular, apenas com uma diferença: a cadeira”.

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