O responsável pela organização do festival Rocketmen, Tito Santana, criticou a postura do presidente da câmara José Manuel Silva numa publicação da rede social Facebook.
A decisão tomada pela autarquia de mandar retirar a praça de restauração do centro da Praça da República não agradou à organização do festival Rocketmen. De acordo com a autarquia, o despejo deveu-se ao facto de não ter dado “entrada nos serviços da Câmara Municipal de Coimbra nenhum pedido de utilização do espaço público da Praça da República para o Festival Rocketmen”.
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“Todos os pedidos de licenciamento de ocupação de espaço público devem dar entrada nos serviços da Câmara Municipal com, pelo menos, 30 dias de antecedência. Este é o procedimento para qualquer ocupação do espaço público”, explicaram.
Na página pessoal da rede social Facebook, o responsável Tito Santana escreveu no sábado de manhã uma publicação onde escreve em letras grandes que quer que o presidente José Manuel Silva “se f…!!”.
E começa por pedir para as pessoas “não se esconderem atrás de burocracias, nem tentarem empurrar a culpa para os ombros de quem trabalhou de sol a sol para pôr este festival de pé”.
O empresário Tito Santana recorda que “a organização fez tudo o que tinha de fazer — e mais ainda. Cumprimos prazos, articulámos cada passo com o Gabinete de Altos Eventos. Tudo dentro das regras, tudo às claras” e agradece ao vice-presidente Francisco Veiga “que salvou o que ainda havia para salvar — e hoje nem haveria festival para lamentar”. “A ele, o nosso respeito”, frisou.
Depois, faz um conjunto de perguntas, ao mesmo tempo que lamenta o facto do autarca não responder “há mais de um ano. Um ano. Silêncio total. Nem um sim, nem um não. Só desprezo institucional. Só jogo político rasteiro”.
“O Rocketmen não se vende, não se ajoelha, não se cala. (…) Rocketmen foi sabotado. Mas não calado”, conclui.

Nos comentários, Tito Santana publica um mail enviado a 26 de maio de 2025 a solicitar uma reunião de urgência com o presidente da câmara.
Em resposta, o presidente da câmara recorda que “os eventos são pelouro do Sr. Vice-Presidente da Câmara, para o qual são reenviadas todos esses assuntos, como o senhor bem sabe, pelo que rejeito liminarmente a sua publicação”.
Depois, recorda que não iria “fazer referência ao rasto de inúmeras queixas que nos fizeram chegar muitas pessoas, relativamente ao Luna Fest, algumas em desespero… a sua publicação permite-me compreendê-las ainda melhor”.

A vereadora Ana Cortez Vaz também entrou na discussão, referindo que as burocracias que fala “são leis e regulamentos, que têm obviamente de ser cumpridos”. “Não sei o que foi falado com os Grandes Eventos, sei o que dizia o protocolo e sei a pronúncia (negativa) dos técnicos (não políticos) da Câmara”, frisa.
Por outro lado, diz que “a organização foi informada por escrito e por telefone que não podiam ocupar a Praça da República, não só pelo parecer negativo da PSP em estender o recinto provisório à praça, pela Praça da República ser espaço de evacuação no plano de segurança, mas também porque existe um regulamento que proíbe venda ambulante (excepto se estiver num recinto improvisado) a menos de 150 metros de outros estabelecimentos”.

Recorde-se que, na passada sexta-feira, o empresário do Psicológico Carlos Ferreira também criticou a postura da autarquia relativamente à decisão de retirar a praça da restauração na Praça da República em Coimbra.

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