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Robotáxis sem condutor já têm rota marcada para a Europa

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 2 meses atrás em 16-05-2025

A gigante tecnológica chinesa Baidu está prestes a dar um passo decisivo na internacionalização dos seus robotáxis, ao preparar a estreia dos veículos sem condutor na Europa, com a Suíça como primeiro destino já no final deste ano.

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Segundo informações avançadas pelo Wall Street Journal, a empresa está em conversações com a PostAuto, operadora do transporte público suíço, para implementar a sua frota de táxis autónomos Apollo Go. O objetivo é iniciar a operação ainda este ano, com a Turquia já na mira como um dos próximos mercados a explorar.

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Mas a Baidu não está sozinha nesta corrida tecnológica. A Uber anunciou recentemente planos para trazer também à Europa, já em 2026, uma frota de táxis sem condutor, equipada com tecnologia da startup chinesa Momenta. E desde o início do ano, outra empresa chinesa, a WeRide, já testa veículos autónomos na Suíça e autocarros autónomos em França, desde março.

A China lidera confortavelmente o mercado global de robotáxis, com mais de um milhão de veículos em operação, impulsionados por forte apoio estatal e uma regulação mais unificada do que aquela que existe, por exemplo, nos Estados Unidos, onde a expansão enfrenta entraves legais e técnicos. Apesar de iniciativas como a Waymo e os promissores Cybercabs da Tesla, estes últimos estão a ser minuciosamente analisados pelas autoridades norte-americanas, nomeadamente pela Administração Nacional de Segurança Rodoviária, devido a preocupações de segurança.

Já na Europa, os obstáculos são outros: as regras comunitárias sobre segurança rodoviária são particularmente exigentes, o que poderá dificultar a instalação e operação dos robotáxis asiáticos. No entanto, a ofensiva chinesa coincide com a crescente tensão comercial entre Pequim e Washington, e as empresas procuram diversificar os seus mercados antes que novas sanções as limitem.

Com tecnologia avançada e ambições globais, os robotáxis chineses estão prontos para desafiar os reguladores europeus — e transformar, eventualmente, o transporte urbano tal como o conhecemos.

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