A Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra vai investir mais de 21 milhões de euros (ME) no Hospital Geral (Covões) até ao final de 2026, anunciou hoje o presidente do conselho de administração.
Segundo Alexandre Lourenço, que apresentou hoje os investimentos em conferência de imprensa, existe a expectativa de que até 2030 aquele valor “venha a ser duplicado no contexto do Hospital Geral” (vulgarmente identificado por hospital dos Covões).
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Até ao final deste ano estarão executados investimentos de 7,2 ME, nos quais se destaca a aquisição do primeiro robô cirúrgico de ortopedia do Serviço Nacional de Saúde (SNS), no valor de 1,6 ME, cuja primeira cirurgia está prevista para 02 de julho.
“É claramente uma grande melhoria na nossa capacidade de cirurgia do joelho e da anca, que representa uma expansão das nossas capacidades na cirurgia de ortopedia”, realçou o presidente da ULS de Coimbra, que tem a nossa expectativa de, em breve, dispor também de um braço robótico para a área dos implantes cocleares no Hospital Geral.
Neste conjunto de investimentos, destaca-se também as instalações definitivas da Unidade de Técnicas Endoscópicas de Gastrenterologia, no montante de 2,7 ME, que estarão concluídas dentro de um mês.
Este primeiro pacote integra as instalações provisórias para a Unidade de Avaliação em Proximidade de Oftalmologia, o desenvolvimento da Clínica da Diabetes e a criação do Centro de Atendimento Clínico (CAC) do Sul do Mondego, dentro das instalações do Hospital Geral.
“Este [novo] CAC, com horário específico para o horário de verão, vem complementar os quatro já existentes no território e, particularmente, atender à população de Coimbra que ainda não tinha esta resposta”, frisou Alexandre Lourenço.
Em processo de contratação estão investimentos na ordem dos 14 ME, dos quais o mais relevante, na ordem dos 3,3 ME, se destina à criação de clínicas especializadas para a diabetes, doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência cardíaca, unidade de diagnóstico rápido e unidade central de monitorização remota.
O objetivo, de acordo com o administrador, é o desenvolvimento do Hospital Geral “numa lógica essencialmente de desenvolvimento de serviços à comunidade”.
A ULS de Coimbra destina 2,2 ME para a aquisição de 12 mesas operatórias e 2 ME para a Unidade Integrada para o Envelhecimento Saudável e Ativo, além de 1,8 ME para obras no edifício de formação e ensino do Hospital Geral.
Os investimentos preveem ainda a aquisição de um angiógrafo, por cerca de 1,6 ME, e a substituição da cobertura do hospital, no valor de 1 ME.
A deslocalização do Departamento de Gestão Financeira dos Hospitais da Universidade de Coimbra e a qualificação do Serviço de Urgência, nos montantes de 1 ME e 830 mil euros, respetivamente, compõem o total dos 14 ME de investimento previstos até final de 2026.
Presente na conferência de imprensa, que foi seguida de uma visita aos investimentos em curso, o presidente da Câmara de Coimbra salientou que, “independentemente de todas as polémicas passadas relativamente aos serviços a prestar no Hospital Geral, hoje já ninguém coloca em causa que vai continuar dedicado à saúde”.
“Estes grandes investimentos permitem também, por força de uma reorientação funcional das suas instalações, proporcionar novos serviços à comunidade e isso é extraordinariamente relevante”, sublinhou José Manuel Silva.
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