Carlos Robalo Cordeiro, diretor do serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e membro do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a covid-19 tem sido um dos especialistas mais ouvidos durante a pandemia. Depois de dois anos a falar, a estudar e a lidar diariamente com o vírus, o especialista foi infetado. Ao Notícias de Coimbra contou como tudo se passou e de que forma isso mudou a forma como encara o SARS-CoV-2.
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O teste positivo chegou a 8 de abril, depois de dois testes negativos. Os avisos começaram dois dias antes com dores de garganta e um mal-estar geral depois de um convívio familiar que terá estado na origem da infeção, revelou o médico ao Notícias de Coimbra.
“Não é uma experiência muito agradável. É uma experiência que não gostava de ter tido”, afirmou. Os sintomas foram “queixas de faringite, dois musculares febrícula e pouco mais”. Pior mesmo foi quando perdeu, durante três dias, o olfato e o paladar. “Não é nada agradável é uma sensação que não apreciei particularmente, receei que pudesse ser menos transitória”, confessou ao NDC. Os sentidos só foram recuperados no sábado de Páscoa, mesmo a tempo de “saborear o cabrito”.
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Robalo Cordeiro sofre de asma e chegou a temer que a patologia se agravasse, mas tal não se verificou. Para já, também não identifica quaisquer sequelas. Certo é que viver a infeção na primeira pessoa mudou a forma como encara o vírus. “Fiquei com a noção imprevisibilidade da evolução e a impotência em relação a essa imprevisibilidade”, confessou, afirmando que se manteve sempre “atento, vigilante e receoso”.
Ao NDC o especialista falou também da fase atual da pandemia e de uma nova estirpe que foi identificada há cerca de duas semanas. Apesar de considerar que a altura é propícia ao alívio de algumas restrições, nomeadamente no que se refere ao uso de máscaras nas escolas, Robalo Cordeiro alerta que é preciso manter a vigilância.
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Veja a entrevista NDC com Carlos Robalo Cordeiro:
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