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Rio de Janeiro “tem os melhores índices de segurança dos últimos 10 anos”

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 04-02-2023

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro afirmou hoje, em entrevista à agência Lusa, que “os índices de segurança do estado são os melhores dos últimos 10 anos”.

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“O Rio de Janeiro passou por um momento muito difícil alguns anos atrás, em tempo de muita dificuldade financeira, dificuldade na segurança pública e muitas empresas foram embora do Rio de Janeiro. Foi um momento muito difícil nos anos de 2015 a 2017. E a partir daí, começou um novo momento de reconstrução do Rio de Janeiro. Temos os melhores índices de segurança dos últimos 10 anos”, disse Cláudio Castro.

Eleito governador do Estado com a maior votação de sempre, Cláudio Castro – do Partido Liberal, o mesmo do ex-presidente Jair Bolsonaro, obteve 58,67% nas eleições de 2022, mais do dobro de Marcelo Freixo, o candidato do Partido Socialista Brasileiro (27,38%), que ficou a mais de 2,5 milhões de votos de distância – justifica os índices com o investimento de quase 2 bilhões de reais (cerca de 360 milhões de euros).

Este investimento foi empregue em tecnologia e inteligência, armas, viaturas, reformas de batalhões, reformas de postos policiais, aumento de novos efetivos para as forças de segurança, neste caso com a entrada anual de quase 3 mil novos agentes, detalha.

Em informação enviada em 25 de maio de 2021 à agência Lusa, a Plataforma Fogo Cruzado revelou que entre maio de 2021 e 25 de maio de 2022 o estado do Rio de Janeiro registou 39 chacinas que causaram pelo menos 191 mortes.

O dado divulgado pela plataforma que compila informações sobre a violência no Rio de Janeiro expõe um quadro de chacinas recorrentes, neste que é o estado mais famoso do Brasil, onde no dia 24 de maio de 2022 uma operação da polícia militar com o apoio de polícias federais na comunidade da Vila Cruzeiro, zona norte da capital, terminou com a morte de 25 pessoas.

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O Fogo Cruzado informou que desde agosto de 2020 o estado do Rio de Janeiro registou pelo menos 328 mortes em 73 chacinas.

O período mencionado diz respeito ao mandato de Cláudio Castro, que tomou posse interinamente em 2020 e depois acabou confirmado no cargo em razão da destituição do ex-governador Wilson Witzel.

Cláudio Castro justificou na ocasião a operação da polícia na Vila Cruzeiro frisando que a ação foi responsável pela apreensão de drogas e armas e visou prender e reagiu a ataques perpetrados por membros de organizações criminosas, nomeadamente o Comando Vermelho, que atuam nas favelas do estado.

A operação na Vila Cruzeiro, comunidade pobre localizada na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, já é apontada como a segunda intervenção policial mais letal da história do estado, tendo sido classificada como massacre e chacina por organizações que defendem os direitos humanos, ficando atrás apenas de uma operação realizada na favela do Jacarezinho, em maio do ano passado, que terminou com 28 mortes.

“O Rio de Janeiro vive um tempo de concertação na segurança pública. Temos os melhores índices dos últimos 10 anos. Temos um índice até que é um índice que nós estamos celebrando muito, que é o homicídio doloso, que é aquele que a pessoa tem intenção, é o menor dos últimos 31 anos. Então o Rio de Janeiro hoje, claro, tem muitos desafios ainda para melhorar, mas com certeza é muito melhor e é muito mais seguro que há quase cinco anos”, reivindica.

“Com certeza é uma grande responsabilidade. É um grande compromisso com a população do Rio de Janeiro e compromisso com o Brasil e com o mundo inteiro. O Rio de Janeiro é a porta de entrada do Brasil. É o local mais conhecido do mundo inteiro, o Cristo Redentor, as praias, carnaval, futebol, então nós temos realmente uma grande importância nesse cenário mundial e uma grande responsabilidade de fazer o Rio voltar a ser o local onde todas as pessoas sonham. Ir e executar esse sonho”, destaca.

Numa biografia publicada em 2021 pelo jornal Folha de São Paulo, aquando da sua subida ao cargo de governador em substituição de Wilson Witzel, Cláudio Castro foi apresentado como cantor católico desde 1996, quando era o vocalista da banda “Em nome do Pai”.

Na sua carreira solo, lançou dois CD, o último em 2015 e chegou a ser durante sete anos coordenador do Ministério de Fé e Política da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

A vinda agora a Lisboa, para participar na conferência empresarial promovida pelo Lide Brasil, que termina hoje, visou lançar uma operação de relações públicas junto de empresários portugueses, a quem tenta passar a imagem de um Rio de Janeiro mais seguro e atrativo a investimentos.

“O Rio ganhou uma reconstrução interna, operando a credibilidade, recuperando as finanças públicas, recuperando a capacidade de fazer investimento. Fizemos a maior concessão da história do Brasil, que foi a concessão da nossa empresa de água e esgoto, que vai levar água, vai universalizar não só água, mas também a coleta e o tratamento de esgoto para mais de 13 milhões de pessoas, e que é o maior projeto ambiental da história do Rio de janeiro”, reclama.

Cláudio Castro garante a “limpeza total” da baía da Guanabara, da lagoa Rodrigo de Freitas e de complexos lagunares, projetos que classifica como “importantíssimos para o meio ambiente”.

“Nós queremos mostrar esse Rio de Janeiro novo para o mundo inteiro em diversas áreas: economia, desenvolvimento, turismo e também de relações bilaterais, ou seja, empresas brasileiras vendendo para Portugal, empresas portuguesas também vendendo e indo para o Rio de Janeiro para que a gente possa aumentar a vinda de portugueses para o Brasil, mas também de brasileiros para Portugal”, conclui.

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