Região
Rio Ceira com melhores açudes em Pampilhosa da Serra, Góis, Arganil e Lousã
As obras hidráulicas para reabilitação fluvial do Ceira, são parte integrante do projeto de Gestão da Bacia Hidrográfica deste rio face às alterações climáticas. Neste capítulo do projeto, que pretende melhorar o escoamento do rio, está prevista a reabilitação de 8 açudes nos Municípios de Pampilhosa da Serra, Góis, Arganil e Lousã, conforme foi ontem frisado na sessão de apresentação e esclarecimento que decorreu no Centro Cultural de Fajão.
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Em Pampilhosa da Serra, serão intervencionados os açudes localizados no Vale Pardieiro e na Quinta da Mata, sendo que neste local ocorrerá ainda o reperfilamento do leito e das margens. Nos outros concelhos, estão definidas intervenções nos seguintes pontos: Poço da Cesta, Foz do Choroso, Vila de Góis, Cabril do Ceira, Açude dos Amiais e Açude de Barrabás.
Jorge Custódio, Presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, salientou que este projeto para além de “monitorizar tudo o que acontece no Ceira”, irá contribuir para a “valorização de todo o seu património”, graças ao “envolvimento” de “todas as entidades públicas, privadas, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia”.
Em causa está uma abordagem ambiental inovadora, implementada ao longo de 36 meses e que é financiada pelo programa ambiente dos EEA Grants Portugal, através da Diretoria Nacional de Proteção Civil da Noruega. O montante definido para o projeto ronda os 2 milhões e 600 mil euros, que será aplicado em dimensões distintas.
Na apresentação do projeto pré-definido, Jorge Brito, Secretário Executivo da CIM Região de Coimbra, esclareceu que apesar de este ser um valor expressivo, o projeto tem uma “componente muito forte em coisas que não são tão tangíveis”, nomeadamente “estudos de modelação”, “colocação de sensores”, entre outros, que, segundo o dirigente, são menos visíveis, mas tão importantes como “intervenções em açudes, intervenções nas galerias ripícolas das margens ou nos moinhos”, outra das dimensões do projeto.
Juntando ambos os eixos de ação, o que se pretende é um Rio Ceira valorizado, monitorizado e adaptado às alterações climáticas, com um forte envolvimento e contributo das comunidades locais. Neste particular, Jorge Brito exprimiu que é fundamental “ouvir” e “perceber os anseios e desejos” da população, assim como delinear “outros projetos cumulativos”, com enfoque nos “ecossistemas ribeirinhos, reintrodução de espécies”, entre outros.
Para além dos 4 Municípios sobre os quais recai todo o trabalho de investigação e requalificação, também a CIM Região de Coimbra, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Agência Portuguesa do Ambiente, entidade promotora do projeto, desempenham um papel fundamental na sua execução.
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