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Ricardo Pocinho da UGT diz que “Há pessoas que não fizeram greve por receio”

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 08-11-2013

O presidente da UGT/Coimbra, Ricardo Pocinho, afirmou hoje que há trabalhadores na administração pública que “não fizeram greve por terem receio daquilo que lhes possa vir a acontecer”.

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“Tenho a certeza absoluta que há pessoas que não fizeram greve porque têm receio daquilo que lhes possa vir a acontecer”, afirmou o dirigente sindical, que falava hoje, em Coimbra, numa conferência de imprensa sobre o impacto da greve geral da função pública naquele distrito, promovida pela UGT e sindicatos da administração pública afetos a esta central sindical.

Ricardo Pocinho disse ainda que, quando se vive num “clima de despedimento iminente na administração pública, as pessoas têm receio” de fazer greve.

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“Vivemos todos com uma guilhotina sobre a cabeça” e “o problema é do Governo, mas também é do Presidente da República, que jurou cumprir e fazer cumprir a constituição”, não podendo, por isso, “deixar que princípios fundamentais” sejam postos em causa, defendeu.

Hoje, “as pessoas não têm liberdade de fazer greve”, disse o líder da UGT/Coimbra, assegurando que “há serviços, no distrito de Coimbra”, onde os funcionários foram questionados, durante a semana, se iriam ou não iriam aderir à paralisação de hoje.

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Além disso, “há hoje muitos trabalhadores na administração pública já a passar fome”, afirmou Jacinto Santos, coordenador regional do Centro do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP).

“Ao contrário do que se diz, a média salarial destes trabalhadores não é de mil e tal euros. A média da maioria” dos funcionários que “trabalham nas autarquias, juntas de freguesia, direções regionais, escolas” e outros serviços “ganha 500 euros e até 485 euros”.

Na administração pública “há muita miséria”, garantiu Jacinto Santos.

“Vivemos no país em que nunca pensei viver, vivemos um panorama de grande desgraça”, disse também.

Sobre a adesão à greve geral da função pública em Coimbra, os dirigentes sindicais escusaram-se a adiantar números para “evitar a disputa entre Governo e sindicatos”, uns sustentando que a adesão foi de dez por cento, outros de 90 por cento.

Mas a greve teve “uma forte afetação no normal funcionamento dos serviços”, no distrito de Coimbra, disse Ricardo Pocinho, sublinhando que só a paralisação dos transportes públicos na cidade de Coimbra (em cujos serviços municipais a “greve atingiu quase os 100%”) perturbou “praticamente todos os setores”.

Independentemente da falta de transportes públicos, houve, por exemplo, “várias escolas” e centros de saúde encerrados, serviços de limpeza sem funcionarem, repartições a funcionarem com uma reduzida percentagem do seu pessoal, adiantou o presidente da UGT/Coimbra.

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