Coimbra
Residência universitária de Coimbra candidata a Prémio Nacional de Reabilitação Urbana (com vídeos)
A residência universitária de luxo instalada no antigo prédio da EDP, na Rua do Brasil, em Coimbra, está entre os cinco candidatos ao Prémio Nacional de Reabilitação Urbana, na categoria Comercial e Serviços.
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Chama-se Livensa Living Coimbra Rio, abriu portas no final de agosto do ano passado e conta com mais de três centenas de quartos, distribuídos em cinco blocos. Esta residência universitária está agora nomeada para o prémio Nacional de Reabilitação Urbana, uma iniciativa da Vida Imobiliária e da Promevi, que vai distinguir as intervenções urbanas de maior valia para a sociedade nas suas múltiplas valências.
Na apresentação da candidatura, é explicado que um dos blocos, o A, onde estão 101 quartos individuais, está localizado numa esquina, tendo sido fruto da reabilitação de uma antiga fábrica de moagem de cereais, construído no final do século XIX, a mando da Companhia Elétrica das Beiras. “O edifício reabilitado tinha características arquitetónicas e qualidade construtiva que importa relevar, e incorpora notáveis trabalhos de cantaria e de serralharia”, lê-se na descrição do projeto onde se justifica a “preservação rigorosa dos elementos que constituem as paredes exteriores, em paralelo com a adaptação dos espaços interiores ao novo uso”.
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No bloco B, foram removidas coberturas em amianto e desmontados elementos construtivos secundários e primários. Foi aí que se construiu a piscina, aproveitando componentes com valor arquitetónico, como é o caso de colunas em ferro fundido.
A candidatura destaca também o Bloco E, localizado a norte, construído de origem com um único piso destinado a garagem, posto de transformação e estação de serviço, e sucessivamente alterado e ampliado em altura e em extensão. Depois da intervenção, deu lugar a um edifício com menor dimensão, conservando apenas as paredes exteriores do lado do Jardim Botânico. Possui 19 quartos individuais. É nesta zona que está o Posto de Transformação, a sala de jogos, lavandaria e sala de cinema e ainda uma cozinha comum. Este edifício está ligado com os blocos A e B, através de passadiços em betão armado. A nascente, o Bloco F estende-se desde a estrema do Jardim Botânico até à Rua do Brasil. O anterior foi demolido e reconstruído de forma mais larga, explica a descrição.
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A zona mais exclusiva é o bloco G: “um exuberante palacete de três pisos, construído nos anos 20, com marcada influência do estilo Arte Nova”. O edifício foi reabilitado, com manutenção da implantação e do volume, servindo atualmente 11 quartos individuais da residência de estudantes.
A candidatura ao Prémio Nacional refere ainda que “o programa de uso da Residência de Estudantes encontra-se alinhado com o Plano Diretor Municipal de Coimbra, que preconiza para o espaço em causa, o reforço da componente habitacional e a instalação de equipamentos de utilização coletiva e serviços de escala local e supralocal”. Acompanha também, segundo é sustentado, o Regulamento da área afeta à candidatura da Universidade a Património Mundial, que estabelece a “manutenção e reforço da função residencial enquanto motor de vivificação do centro da cidade”.
O projeto, consideram os mentores, “reforça o sentido urbano do lugar por via da instalação de um equipamento para estudantes focado na componente residencial; consolida as características morfológicas existentes, bem como o seu suporte edificado fundamental; corrige dissonâncias; liberta o logradouro; envolve agentes económicos num projeto inovador e sustentável com inequívoco interesse para Coimbra e para a região e preserva os traços arquitetónicos, que remontam ao início do Século XX como o palacete e o bloco A e Bloco G”.
A Livensa Living Coimbra Rio compete com outros oito edifícios (na categoria Comercial e Serviços). O concurso contempla também as categorias Residencial, Turístico e Impacto Social. A residência universitária é o único edifício da cidade de Coimbra na lista.
A cerimónia de entrega dos prémios está marcada para o próximo dia 10 de maio.
Veja como era antes o edifício:
Veja os diretos NDC numa visita à residência universitária:
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