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Requalificação de açude em Góis dá início a projeto de gestão da bacia do Rio Ceira

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 26-03-2021

A requalificação de um açude em Góis será a primeira obra a realizar no âmbito do projeto de gestão da bacia hidrográfica do Rio Ceira, que foi hoje apresentado e que representa um investimento de 2,6 milhões de euros.

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“A primeira obra será num velho açude que é urgente requalificar, dentro da vila de Góis. Vão fazer uma intervenção com materiais autóctones em toda a margem”, explicou à agência Lusa a presidente da Câmara Municipal de Góis, Lurdes Castanheira.

A obra no açude de Santo António, que deverá ser executada “em três ou quatro meses”, servirá para regularizar as margens do rio e construir uma escada de peixe.

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“Não conseguimos suster o peixe, devido à irregularidade do rio, às próprias alterações climáticas e às novas espécies marinhas predadoras”, referiu Lurdes Castanheira, acrescentando que na zona “há uma concessão de pesca desportiva e é também um atrativo no concelho de Góis”.

A autarca lamentou que, devido à pandemia de covid-19, o projeto de gestão da bacia hidrográfica do Rio Ceira face às alterações climáticas tenha sofrido “um certo atraso”.

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“No ano de 2020 esperaríamos uma outra execução que não foi possível. Vamos tentar ganhar tempo no ano 2021”, frisou.

O projeto vai desenrolar-se até 2023, estando neste momento em curso “adjudicações, particularmente à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, da parte académica, de estudos e consultoria”, acrescentou.

O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, José Carlos Alexandrino, frisou que a bacia do Rio Ceira é “um dos recursos naturais a preservar e dotar de mecanismos que aumentem a sua resiliência”.

É neste âmbito que os municípios de Arganil, Góis, Lousã e Pampilhosa da Serra participam como parceiros no projeto de gestão da bacia hidrográfica do Rio Ceira face às alterações climáticas, com a Agência Portuguesa do Ambiente, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e a Direção Norueguesa de Proteção Civil.

A CIM “integra este projeto como parceiro executor das ações delegadas pelos municípios, fazendo uso da sua experiência em execução de projetos deste género e dando cumprimento aos objetivos de coesão territorial, reforço da solidariedade intermunicipal e racionalização dos recursos disponíveis”, explicou.

Segundo José Carlos Alexandrino, à CIM caberá “a concretização dos projetos de reabilitação de infraestruturas hidráulicas como os açudes, de regeneração da galeria ripícola e de contenção de espécies exóticas invasoras, assim como de reabilitação das infraestruturas socioculturais, como sejam as levadas, muros ou moinhos”.

“Todos temos bem presente a tragédia dos incêndios de 2017 que devastaram este território e os seus recursos e que tornaram evidente que é necessária uma nova abordagem na preparação e gestão do território para os desafios do século XXI, muito em particular para o desafio das alterações climáticas”, realçou.

O autarca avançou que “foi já iniciado um procedimento para realização de um estudo de viabilidade para um percurso ciclável ao longo do Rio Ceira, desde Coimbra até à sua nascente na Serra do Açor, contribuindo para a preservação dos seus recursos, mas também da sua visitação e usufruto, e como meio de desenvolvimento destes territórios”.

“Este percurso insere-se numa visão integrada de todo o território da região”, acrescentou.

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