Coimbra

Repúblicas alertam para risco de despejo pela Universidade de Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 28 minutos atrás em 25-08-2025

Imagem: Facebook

As repúblicas Baco e Marias do Loureiro, casas de estudantes, alertaram hoje para a possibilidade de despejo pela Universidade de Coimbra do edifício onde estão, sem garantia de alternativa.

Representantes das duas repúblicas estiveram hoje presentes na reunião da Câmara de Coimbra para alertar para a possibilidade de fim destas duas casas de estudantes, instaladas no mesmo edifício comprado pela Universidade de Coimbra nos anos 1990 na Alta da cidade, no largo São Salvador.

Intervindo na reunião do executivo, Violeta Campos, da República Baco, afirmou que há uma “situação de possível despejo”, depois de terem sido notificados pela Universidade de Coimbra (UC) da necessidade de saída face a problemas estruturais do edifício.

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Segundo Violeta Campos, a UC terá dado um prazo “muito curto” para a desocupação do edifício, tendo sido feitas algumas reuniões, nas quais foram pedidos esclarecimentos, alternativa de alojamento e o plano de obras para o espaço.

“Até ao momento persistem incertezas e não nos foi apresentada nenhuma solução concreta que permita garantir a continuidade destas casas, seja no mesmo edifício ou noutro”, notou a residente da República Baco, que mais de 90 anos de existência e considerada a segunda mais antiga de Coimbra.

Violeta Campos defendeu ser assegurada uma alternativa de alojamento e participação no projeto de requalificação, apelando ao município para ter um papel na garantia de alojamento temporária ou apoio na compra de outro espaço.

“Um apelo à Câmara de Coimbra que defendam estas casas, que se una a esta luta para garantir que a sua continuidade é assegurada”, reforçou Iuri Lopes, da República Marias do Loureiro.

O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, salientou que o município tem tido um “inequívoco posicionamento em favor das repúblicas”.

Neste caso, sendo um edifício da UC, o autarca salientou que não tem “nenhuma dúvida” de que a Universidade “estará interessada em resolver esta questão em diálogo”.

“Acredito que as coisas se possam desenvolver em sentido positivo”, disse, salientando que nesta mesma reunião do executivo foi discutido o apoio a uma república estudantil para compra do seu imóvel.

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