A Comunidade de Inserção Renascer, de Coimbra, desenvolve um programa para 11 mães em situação de vulnerabilidade social com o intuito de promover a parentalidade positiva.
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O programa “Mais Família, Mais Crianças”, que já conta com a sua 3.ª edição, surgiu da necessidade da instituição em promover “competências parentais” às mulheres acolhidas na comunidade, que vêm de contextos sociais de risco, explicou Arménia Boleto, diretora da Comunidade de Inserção Renascer (CIR).
A formação é dada em 12 sessões de duas horas, sendo que 75% das mães têm os seus filhos a viver consigo, dentro da comunidade, vindo de contextos de ausência de suporte familiar e habitacional ou com os filhos sinalizados pelos tribunais de família e menores ou pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
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A CIR pretende, com este programa, “potenciar as funções de mãe”, de modo a que as “crianças cresçam mais orientadas e com mais regras”, contou Arménia Boleto, referindo que tudo é desenvolvido num ambiente “intimista e de partilha”, com a formação dada por duas colaboradoras do Lar de Jovens Santa Maria de Semide.
Durante o programa, são focados aspetos como a criação de “limites e regras claros e feitos de forma coerente”, a importância da mãe “quase parar no tempo e pensar no que deve fazer e dizer” em determinadas situações, “a necessidade de haver elogios” e o foco na “atenção positiva”.
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Para além desses pontos, também se aborda a “proporcionalidade do castigo face ao mau comportamento”, o tempo que é preciso “dar para se ouvir a criança” ou como falar com ela, referiu a diretora da CIR.
Apesar de as crianças terem entre poucos meses de vida e os 12 anos, o programa foca-se na faixa etária entre os dois e os três anos, havendo “pequenos trabalhos de casa”, como observar a criança em determinado contexto, praticar pequenos jogos ou apontar quantas vezes “foi capaz de a elogiar ou a recompensar” por bom comportamento.
O programa termina em janeiro, com a possibilidade de se estender até fevereiro, sendo já visíveis “pequenos ganhos imediatos”.
Contudo, o foco, segundo Arménia Boleto, vai para as atitudes e práticas que a mãe “desenvolve e consolida e que continua a aplicar mesmo depois de sair” da CIR.
O programa conta também com uma versão para mães de jovens, intitulado “Mais Família, Mais Jovens”.
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