Coimbra

Relógio da Estação nova pode voltar a dar horas

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 20-09-2013

O Governo classificou a Estação Nova, em Coimbra, como monumento de interesse público, segundo uma portaria do secretário de Estado da Cultura publicada hoje no Diário da República, que fixa também uma zona especial de proteção (ZEP).

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A Estação Nova foi construída entre 1925 e 1931, com projeto dos arquitetos Cotinelli Telmo e Luís Cunha, “rematando o ramal ferroviário já então lançado entre esta gare e a Estação Velha”, na zona norte da cidade.

A classificação do imóvel, situado na margem direita do rio Mondego, freguesia de São Bartolomeu, tinha sido proposta ao Governo, em maio, pela Direção-Geral do Património Cultural.

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A Estação Nova integra a área da cidade classificada pela UNESCO, em junho, como Património Mundial da Humanidade.

A portaria do secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, foi assinada no dia 09 e publicada hoje no Diário da República.

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A zona de proteção, entre o rio e uma paralela que inclui parte da rua da Sota e da avenida Fernão de Magalhães, é delimitada a norte pela azinhaga da Pitorra e a sul pelo quarteirão do emblemático hotel Astória.

A ZEP compreende imóveis como a sede local da Fundação INATEL, os edifícios da Cooperativa Agrícola de Coimbra e os hotéis Oslo e Bragança.

A estação ferroviária de Coimbra A, ou Estação Nova, integra o Ramal da Lousã e liga o centro da cidade à Linha do Norte, em Coimbra B, também conhecida por Estação Velha, movimentando diariamente milhares de passageiros.

Na perspetiva da realização das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (que previam a instalação de um metro ligeiro no Ramal da Lousã e na área urbana de Coimbra), agora suspensas, a Estação Nova chegou a ser encerrada, causando transtornos à mobilidade urbana da Baixa, tendo o acesso dos comboios ao centro da cidade sido retomado em 2011.

A vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Maria José Azevedo Santos, que detém o pelouro da Cultura, disse em maio à agência Lusa que “a autarquia só tem de se congratular” com a classificação da Estação Nova como monumento de interesse público.

O imóvel “é um monumento que conta uma história”, por estar associado à chegada do comboio à cidade, que há mais de 100 anos se impunha como “um meio de transporte de vanguarda”, em Portugal e no mundo, acrescentou.

“A construção destaca-se pela utilização da moderna arquitetura do ferro, que então já coexistia com as tradicionais tipologias revivalistas e ecléticas, e da qual não existem muitos exemplares na região coimbrã”, segundo a portaria.

As fachadas refletem “um certo gosto classicizante”, enquanto “a amplitude do espaço interior resulta sobretudo da utilização das estruturas metálicas industriais, perfeitamente adequadas à função do edifício, destacando-se os pormenores dos pilares de sustentação” e demais trabalhos em ferro da gare.

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