Durante décadas esquecida, a Viola Toeira, outrora rainha das serenatas coimbrãs , está a recuperar o seu lugar na tradição musical portuguesa.
Pequena em tamanho, mas rica em história e ornamentação, a Viola Toeira, também conhecida como Viola de Arame de Coimbra, é um instrumento tradicional que ressurge graças à dedicação de músicos, artesãos e investigadores.
Foi conhecida entre os estudantes como “Banza” e entre as classes populares como “Farrusca”. Contudo, o nome que vingou foi mesmo Viola Toeira, em alusão a uma das suas cordas, explica o site Portugal antigamente.
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Este instrumento foi, até meados do século XIX, presença habitual nas serenatas dos estudantes de Coimbra, nas festas populares e também nos salões da burguesia e da fidalguia.
Com a chegada e popularização da guitarra clássica, mais fácil de afinar e com afinação semelhante, a Viola Toeira perdeu protagonismo.
Nos últimos anos, essa tendência começou a inverter-se. Um renovado interesse pela música tradicional e pela preservação do património cultural português levou músicos e construtores a recuperar a Viola Toeira. Começaram por estudar e restaurar exemplares antigos, inspirando-se nas técnicas artesanais do passado.
Hoje, é novamente possível encontrar Violas Toeiras à venda, construídas de forma artesanal, com preços que variam entre os 300 euros e mais de 1000 euros, consoante os materiais e o método de fabrico. As madeiras utilizadas vão desde o abeto ao mogno, passando pela tília, nogueira, ébano, pau-preto e choupo, conforme a parte da viola.
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