Política

Reivindicações de PSP e GNR: “Já deveria estar resolvido. É um problema que se arrasta há demasiado tempo”

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 06-02-2024

A coordenadora do BE considerou hoje que o Governo já deveria ter respondido às reivindicações dos elementos da PSP e da GNR, alertando que não haverá um país pacífico “sem respeito por quem trabalha”.

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“Parece-me óbvio que já deveria ter resolvido. É um problema que se arrasta há demasiado tempo”, alertou Mariana Mortágua.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma visita à Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), em Lisboa, a dirigente bloquista considerou que o executivo socialista está numa “gestão um pouco aleatória”.

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“O mesmo Governo em gestão que consegue resolver alguns dos problemas e que lança alguns projetos na saúde, na agricultura, depois diz-se incapaz para resolver uma questão tão premente. É muito importante que exista [por parte] do Governo um compromisso e uma resposta”, salientou.

Para Mariana Mortágua, as forças de segurança “têm razão” quando reivindicam por melhores salários.

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“[Os elementos da PSP e da GNR] vivem com salários estagnados há demasiado tempo, têm dificuldades profissionais (…) como tantos outros profissionais que trabalham para o Estado e garantem serviços sociais. E enfrentam esta desigualdade relativamente ao subsídio de risco que foi dado à Polícia Judiciária [PJ]. Os polícias têm toda a razão e têm o direito ao protesto e a fazerem-se ouvir”, realçou.

A líder do BE, no entanto, avisou que é importante que as forças de segurança “não percam” a razão com “atos de protesto que não só são ilegais como põem em causa o processo democrático e podem pôr em causa as eleições”.

“A melhor forma de evitar isso é que haja uma pacificação e a pacificação consegue-se quando o Governo responde a reivindicações que são legítimas”, acrescentou.

Os elementos PSP e da GNR têm protagonizado protestos vários para exigir um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.

A contestação começou há quatro semanas na sequência da iniciativa do agente Pedro Costa, que depois se alargou a todo o país.

A maioria dos protestos tem sido convocada através das redes sociais, nomeadamente ‘WhatsApp’ e ‘Telegram’, surgindo nos últimos dias um movimento inorgânico chamado ‘movimento inop’ que não têm qualquer intervenção dos sindicatos, apesar de existir uma plataforma que congrega sindicatos da PSP e associações da GNR, criada para exigir a revisão dos suplementos remuneratórios nas forças de segurança.

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