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Região de Coimbra estuda viabilidade de ciclovia ao longo do rio Ceira

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-08-2021

O executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na sua reunião da passada segunda-feira, a associação de Coimbra ao estudo de viabilidade de um percurso ciclável ao longo do rio Ceira, levado a cabo pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM RC).

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A via ciclável que a CIM RC pretende estudar terá uma extensão superior a 100 km e irá interligar os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo, Pampilhosa da Serra, Lousã, Góis e Arganil. Uma infraestrutura de elevada relevância no contexto da mobilidade suave, já que assegurará a interligação entre diversas localidades existentes ao longo da EN17. Em Coimbra, a via irá interligar-se com a rede de ciclovias já existentes na zona da Portela.

A CIM RC encontra-se a executar um projeto de gestão da bacia do rio Ceira adaptada às alterações climáticas, liderado pela Agência Portuguesa do Ambiente e financiado pelo programa EEA Grants. As intervenções que serão realizadas pela CIM RC incluem ações no rio Ceira de reabilitação de infraestruturas socioculturais, regeneração das galerias ripícolas, contenção das espécies invasoras, promoção de produtos e serviços que realcem o valor do curso do rio e de processos de participação pública de desenvolvimento da zona ribeirinha. Neste contexto, a CIM RC considerou pertinente avaliar a possibilidade de construção de uma via ciclável que acompanhe e complemente este projeto, reforçando a componente ambiental e de descarbonização.

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O projeto em curso abrange os municípios de Arganil, Góis, Lousã e Pampilhosa da Serra, mas a CIM RC considerou de interesse a associação dos municípios de Coimbra e Miranda do Corvo a esta proposta de construção de uma via ciclável, de forma a abranger toda a extensão do rio. A CIM RC encontra-se a avaliar, assim, junto da entidade financiadora, a possibilidade deste estudo ser incluído nas ações financiadas pelo projeto de gestão da bacia do rio Ceira adaptada às alterações climáticas. Caso não seja possível obter esse financiamento, o mesmo será suportado pelos municípios abrangidos, na proporcionalidade dos quilómetros correspondentes a cada município.

Entretanto, a CIM RC adjudicou a elaboração do estudo à TUU Building Design Management, Lda., pelo valor de 19.405,71 euros (IVA incluído). De acordo com o estudo, que está ainda numa fase preliminar, estima-se que o troço implantando no concelho de Coimbra tenha um desenvolvimento inferior a 10% do total.

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O Município de Coimbra sugeriu, ainda, nas reuniões que têm ocorrido sobre esta matéria, que a equipa projetista avalie a possibilidade do traçado acompanhar o canal do Metro Bus, entre a ponte de Ceira e o Sobral de Ceira, potenciando, assim, os movimentos pendulares entre as localidades de Ceira, Vendas de Ceira e Sobra de Ceira, aproximando-as e interligando-as de forma mais direta e fácil à rede de ciclovias já executada.

Recorde-se ainda que os municípios de Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz assinaram, no passado dia 3 de agosto, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Coimbra, um contrato interadministrativo de delegação de competências para CIM RC avançar com a Ciclovia do Mondego. A empreitada, que deverá ser lançada até ao final do ano, vai ligar Coimbra à Figueira da Foz, aproveitando todo o vale do Mondego, estando previsto serem infraestruturados 44 quilómetros de ciclovia, num investimento global estimado em 3,5 milhões de euros, que conta com financiamento comunitário.

Em Coimbra, este projeto da Ciclovia do Mondego contará com a execução de cerca de 11km. Este percurso tem início no Açude-Ponte, onde se liga aos restantes 20 km de ciclovia já existentes e que vão até ao Vale das Flores e à Portela. Já a jusante, este novo troço vai seguir pela margem esquerda do rio, junto à Estrada do Campo, até ao limite do concelho com Montemor-o-Velho, onde se irá ligar ao restante percurso ciclável até à costa atlântica na Figueira da Foz.

Contabilizando os percursos existentes e os projetados, Coimbra vai passar a ter, em breve, mais de 50km de ciclovias totalmente interligadas entre si, sendo possível aceder desde a zona periurbana à zona urbana e aos principais locais de destino das viagens, onde se incluem hospitais, faculdades, escolas, centros de comércio e serviços, e equipamentos desportivos.

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