Coimbra

Refugiados ucranianos em Coimbra convivem no Parque Verde

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 18-05-2022

O Parque Verde do Mondego foi o local escolhido para acolher, no sábado, um convívio, para promover a integração dos refugiados, que têm chegado ao concelho de Coimbra, depois da invasão da Ucrânia, revelou hoje a organização.

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O convívio, promovido no âmbito do projeto Helping Hand, da Fundação Eugénio Leite, está agendado para as 10:00, numa zona próxima ao Pavilhão de Portugal.

Em declarações à Lusa, o presidente da Fundação que tem o seu nome, Eugénio Leite, explicou que a iniciativa visa “abrir portas para uma mais fácil integração dos refugiados na comunidade”.

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“Escolhemos um dia comemorativo da identidade da Ucrânia, um dia festivo, para que as duas comunidades, portuguesa e ucraniana, possam conviver”, apontou.

Em seu entender, esta é uma forma de mostrar aos refugiados que não estão sozinhos, tendo ao seu lado quem os acolhe, mas também pessoas do seu país de origem.

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O Helping Hand Coimbra é um projeto de um vasto grupo de entidade públicas e privadas, bem como de cidadãos anónimos que se unem em torno da Fundação Eugénio Leite, com a missão de apoiar a integração de famílias ucranianas que chegam a Coimbra.

O principal objetivo do Helping Hand passa por proporcionar aos refugiados “todo um suporte legal” e “habitações permanentes ou temporárias, de acordo com a sua vontade”.

“Nas habitações temporárias temos monitores por freguesia, para dar todo o tipo de suporte e, na próxima semana, tem início uma parceria com a Escola ABC, para o ensino da língua portuguesa básica. O passo seguinte é a nossa bolsa de empregos”, acrescentou.

O projeto, que conta com a parceria da Câmara Municipal de Coimbra e do Hospital Militar de Coimbra, já ajudou cerca de 40 refugiados, com idades que vão desde os 2 anos aos 70 anos.

“Já fizemos a integração de pessoas que estão, por exemplo, a caminho de Aveiro, com habitação e emprego”, informou.

O médico revelou que a integração dos refugiados implicou ainda que se criasse uma estrutura médica paralela, de suporte a pessoas com doenças de foro psiquiátrico, que se encontravam sem a devida medicação, ou para casos de pessoas que estivessem em recuperação do uso de drogas.

“Temos dado uma resposta mais efetiva na área da saúde, até porque somos um grupo desta área. Mas devo dizer que, ao nível do SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] e Segurança Social, temos tido todo o apoio para resolver problemas, sendo incansáveis em olhar a solução e nunca o problema”, destacou.

De acordo com Eugénio Leite, este projeto pretende ser “o casamento perfeito entre quem vem e quem acolhe”.

Para tal, têm criado “todas as ferramentas para que se faça uma integração tranquila e positiva”.

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