Educação

Rede Portuguesa de Pensamento Crítico apresentada em Coimbra 

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 meses atrás em 18-01-2024

A Rede Portuguesa de Pensamento Crítico (CrithinkNet) reúne 130 docentes de 45 instituições de ensino superior, desafia os estudantes a pensar e agir criticamente perante a realidade em que se inserem e é apresentada sexta-feira, em Coimbra.

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“Esta rede consiste em desenvolver uma comunidade nacional que apoia os seus membros, que são docentes ou investigadores do ensino superior, para promoverem o pensamento crítico dos seus estudantes face aos desafios globais do século XXI, como a crise climática, as ‘fake news’ [notícias falsas], redes sociais ou a inteligência artificial”, afirmou hoje à agência Lusa Caroline Dominguez, docente da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Fazendo-o, acrescentou, de uma forma muito mais explícita, sistemática e contínua nas academias.

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A universidade localizada em Vila Real lidera o projeto que quer promover o pensamento crítico no ensino superior e que vai ser apresentado na sexta-feira, em Coimbra.

Neste momento, segundo a responsável, entre o Norte e Sul do país até às ilhas, a rede conta com o envolvimento de mais de 130 docentes de mais de 45 instituições de ensino superior públicas e privadas.

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“Esta rede está vocacionada para os docentes e para eles promoverem junto dos seus alunos maior e melhor pensamento crítico porque, de facto, temos vários desafios na nossa frente. (…) Com a velocidade incrível da transformação e a profundidade da transformação é agora necessário uma revolução no modo de pensar”, frisou.

Caroline Dominguez realçou que um fator muito importante é “a massificação do acesso à informação” e, com isso, as ‘fake news’, o que coloca desafios maiores aos estudantes para serem capazes de “selecionar, avaliar a informação, utilizá-la, descartar o que não é verdade”.

“E sobretudo produzirem conhecimento com base em processos de pensamento que sejam mais robustos e rigorosos”, afirmou.

Segundo a docente, vários estudos, nomeadamente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Económico (OCDE), apontam para um “desalinhamento entre o perfil do recém-formados e o mercado de trabalho, as profissões” e, especificamente, na área do pensamento crítico.

“Um dos desafios também para o ensino superior é que, nós próprios, docentes, precisamos de ter mais formação. Ainda mais e especificamente quando falamos do pensamento crítico, porque há estratégias específicas que induzem maior pensamento crítico, há instrumentos de avaliação do pensamento crítico, há maneiras de planificar as nossas aulas de modo a ter mais foco no pensamento crítico e convém que nós estejamos a par e que partilhemos e aprendamos estas novas abordagens”, referiu.

A rede deu os primeiros passos no final de 2020 e, segundo explicou, muito do trabalho realizado tem sido ‘online’ e nas reuniões realizadas regularmente “há partilha de boas práticas e de investigação”.

Os participantes podem aderir aos grupos criados: formação e tutoria, investigação, comunicação e eventos e, por fim, o grupo dos recursos de apoio aos docentes.

A cerimónia de apresentação da CrithinkNet vai decorrer no ‘Student Hub’, da Universidade de Coimbra (UC).

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