Coimbra

Rede de referenciação para o álcool alargada a todos os comportamentos aditivos

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 25-09-2013

A rede de referenciação para problemas ligados ao álcool vai ser alargada a todos os comportamentos aditivos e dependências, disse hoje à Lusa o diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

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A Rede de Referenciação/Articulação no âmbito dos Comportamentos Aditivos e das Dependências vai ser apresentada, na quinta-feira, pelo SICAD, pela Direção-Geral da Saúde e pelas cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS), numa cerimónia nos Hospitais da Universidade de Coimbra, que contará com a presença do secretário de Estado da Saúde Adjunto, Leal da Costa.

O presidente do SICAD explicou à Lusa que a rede de referenciação tinha sido desenhada para os problemas ligados ao álcool.

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“Quando ocorreram alterações nas estruturas que se dedicam a este tema, nomeadamente com a passagem das responsabilidade da intervenção no terreno para as ARS, foi necessário repensar como é que os diversos níveis de intervenção se podem desenvolver de acordo com a gravidade das situações identificadas de pessoas com problemas de dependências”, adiantou João Goulão.

Assim, procedeu-se à revisão da Rede de Referenciação, adequando-a “a um âmbito mais lato de intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências (CAD)”, refere o SICAD.

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“O que se pretende é que seja uma rede dirigida a todos os comportamentos aditivos e dependências. Naturalmente, há algumas áreas de atuação que são relativamente novas, nomeadamente as dependências sem substâncias, como seja o jogo compulsivo”, adiantou o responsável.

João Goulão observou que, até agora, “não havia respostas estruturadas” para alguns tipos de comportamentos que já existiam, como o vício do jogo.

“Aquilo que se pretende é ter uma intervenção mais abrangente ao nível de outros comportamentos aditivos que têm vindo a emergir”, sustentou.

Até que a rede esteja “completamente operacional, há ainda um grande esforço de formação e de apetrechamento das unidades de saúde para lidarem com estas temáticas”.

A sua implementação preconiza a elaboração e avaliação do diagnóstico de necessidades em formação, bem como a criação de planos de formação, de caráter teórico-prático, para os profissionais das estruturas territoriais envolvidas na rede

“O que se pretende com esta apresentação pública e esta discussão é marcar a forma como esta rede será implementada”, acrescentou.

Com esta rede, os profissionais de saúde ficam com “um guião muito mais rigoroso”, que determina as unidades de saúde para onde as pessoas com este tipo de problemas devem ser encaminhadas e de acordo com a gravidade da situação identificada.

“Há intervenções que podem ser desenvolvidas ao nível dos centros de saúde”, mas quando os profissionais sentirem que “a complexidade da situação transcende a sua capacidade de atuação têm a indicação clara para onde devem enviar o doente”, explicou João Goulão.

Quanto à implementação da rede no terreno, João Goulão afirmou que será a “curto prazo”.

O SICAD adianta que este modelo representa “uma importante mudança” ao prever a aplicação de instrumentos de rastreio e a intervenção integrada e ao criar sinergias e complementaridade entre os diferentes serviços com atuação no âmbito dos CAD.

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