Reconstrução de casas é a prioridade em São Gião

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 23-10-2017

A recuperação das quase 30 habitações que arderam na freguesia de São Gião, Oliveira do Hospital, é a prioridade da Junta de Freguesia, disse hoje o autarca Luciano Correia à agência Lusa.

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são gião

O presidente da Junta adiantou que o incêndio que devastou Oliveira do Hospital e outros concelhos da região Centro, no dia 15, destruiu 27 casas na sua freguesia, das quais cinco são de primeira habitação, mas a maioria delas pertence a naturais de São Gião que residem noutras localidades portuguesas ou no estrangeiro.

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“Foram distribuídos bens de primeira necessidade a toda a gente e há também roupa para todos. A nossa grande preocupação é agora recuperar as casas da freguesia”, onde residem entre 300 e 400 pessoas, adiantou.

Numa freguesia que registou dois mortos, no lugar de Parceiro, além de uma pessoa que residia atualmente na cidade de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, as pessoas que perderam a habitação “estão todas realojadas”, referiu Luciano Correia.

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O autarca salientou que também foram distribuídas palha e rações para ovelhas, cabras e outros animais que sobreviveram, enquanto os cadáveres de animais foram enterrados com apoio da Câmara Municipal, presidida por José Carlos Alexandrino, que “tem estado sempre disponível” para ajudar a resolver os problemas provocados pelo fogo em São Gião.

Luciano Correia frisou que um dos mais importantes equipamentos públicos da freguesia, o parque de campismo de São Gião, junto ao rio Alva, praticamente não foi afetado pelas chamas.

Apenas a vedação do parque sofreu “danos ligeiros” à passagem do incêndio, que causou a morte de 12 pessoas no concelho, segundo o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital.

Em Rio de Mel, que em 2012 já tinha sido atingida por outro incêndio, o fogo destruiu totalmente a cobertura do recinto de festas da Senhora dos Remédios, junto à capela da aldeia, bem como mesas e bancos do parque de merendas, construídos à base de madeira envernizada.

O próprio Luciano Correia, residente em Rio de Mel, integra a Confraria da Nossa Senhora dos Remédios, que organiza a festa anual.

Os melhoramentos no recinto “foram sempre pagos” pelos atuais moradores e pelos emigrantes, sublinhou.

“Nunca a confraria pediu um euro para obras à Junta de Freguesia”, acrescentou o autarca.

Na última festa anual, em agosto, um leilão de oferendas rendeu mais de 3.000 euros, verba que reverteu para benefícios na capela e no recinto, a que se somou um montante superior a 2.000 euros de donativos de amigos residentes na zona de Lisboa.

As centenas de incêndios que deflagraram no dia 15, o pior dia de fogos do ano, segundo as autoridades, provocaram 44 mortos e cerca de 70 feridos, mais de uma dezena dos quais graves.

Os fogos obrigaram a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas, sobretudo nas regiões Norte e Centro.

Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos em Portugal, depois de Pedrógão Grande, em junho deste ano, em que um fogo alastrou a outros municípios e provocou, segundo a contabilização oficial, 64 vítimas mortais e mais de 250 feridos. Registou-se ainda a morte de uma mulher que foi atropelada quando fugia deste fogo.

 

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