Rafael tem 27 anos, vive numa carrinha e percorre as ruas do país a fazer malabarismo com fogo. Cresceu sem os pais e sempre sonhou em reencontrar a mãe que o abandonou, no entanto, o reencontro foi uma completa desilusão.
O jovem nasceu num contexto familiar marcado pela toxicodependência. O pai foi preso pouco depois do seu nascimento e a mãe acabou por o deixar aos cuidados da avó materna, antes de fugir para Inglaterra.
Entre os três meses e os nove anos, viveu com a avó materna no Algarve e, mais tarde, passou ainda pela casa da avó paterna, mas após o seu falecimento, Rafael foi sinalizado pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens e acabou institucionalizado. Aos 18 anos, saiu da instituição e regressou ao Algarve, onde começou a praticar malabarismo de forma autodidata.
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Já em adulto percorreu vários países da Europa e decidiu procurar pela mãe, no entanto, o reencontro acabou por ser uma grande desilusão, conta o jovem no programa “Goucha”.
“A minha mãe vai me levar a legoland e contar uma história para adormecer.”, era este o pensamento de Rafael no entanto, quando encontrou a mãe a situação foi bem diferente. “Quando chego lá tenho de resgatar a minha mãe do buraco em que ela está. É degradante e decepcionante”, afirma.
Desde então, Rafael não falou mais com a progenitora.
Agora, sem rendimentos fixos, o jovem vive numa carrinha e, apesar das adversidades, continua a praticar malabarismo e treina todos os dias por acredita que poderá um dia integrar o Cirque du Soleil.
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