A emoção e a coragem marcaram a comemoração do 33º aniversário da Rádio Boa Nova, que assinalou a data com o lançamento do livro “Dia 15” no Aqua Village Health Resort & Spa, nas Caldas de S. Paulo, em Oliveira do Hospital.
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Numa sessão que teve apresentação a cargo de José Conde, acompanhamento musical por Carlos Amaral e moderação de Vítor Neves marcaram presença a família da Rádio Boa Nova, representantes institucionais nas áreas da saúde, socorro, educação, autarcas, mas também os lesados pelo grande incêndio de 15 de outubro e que têm um pouco da sua história narrada em livro, seja em palavras ou em imagens.
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Dia 15 é um livro que destaca a coragem dos oliveirenses, mas é também um livro de “memória” como referiu José Conde que convidou 13 nomes para evocar as 13 vítimas mortais do grande incêndio. Fez-se um minuto de silêncio. Amigo da Rádio, José Vieira, deu voz ao prefácio do livro, assinado por Vítor Neves e Albino José.
“Dia 15” reúne histórias que foram notícia na rádio pela voz e edição de Liliana Lopes e Beatriz Cruz, a quem coube a apresentação do livro que rapidamente passou da ideia à realidade. “Se nas primeiras páginas encontramos o lamento pela tragédia, não tarda a que nas seguintes encontremos a coragem de um concelho para renascer”, referiram as jornalistas, considerando que a Rádio está agora mais próxima das pessoas e convidando a um “virar de página”, porque o dia 15 de outubro “não foi o fim da linha”.
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Vítor Neves, responsável pela coordenação e edição do livro em que também assina o texto “E Deus?” que escreveu logo, no pós grande incêndio, fez eco às palavras ditas por José Carlos Alexandrino e que abrem o livro, segundo o qual, no dia 15, se chegou ao momento de abandonar a defesa das casas para defender as pessoas. “José Carlos Alexandrino são as pessoas que nos movem certo?!” Perguntou Vítor Neves ao presidente do Município de Oliveira do Hospital, diante de um anfiteatro “cheiinho de pessoas”. “Muito obrigada por terem vindo. Alguns estão de pé, é certo. Mas estão aqui estas pessoas todas porque muita gente deu tudo o que tinha naquela noite e naquele dia para que fosse possível salvar as pessoas”, referiu Vítor Neves.
A saudar todos os que criaram a Rádio e lhe continuam a dar vida, José Carlos Alexandrino deu os parabéns pelo trabalho e pela ideia do livro que é um conjunto de “memórias, de emoções, de dores, de revolta, solidariedade e de ingratidões” e com humildade pediu desculpa a todos, porque sabe que “todos os oliveirenses sabem que têm uma história para contar”.
Presidente do Conselho de Administração da Rádio Boa Nova, Albino José recordou o momento em que, vindo do IP3 onde ficou retido por causa do incêndio, viu o centro emissor “todo negro”, temendo que também a Rádio tivesse ficado destruída. Mas depois de ver o estado em que ficou a Rádio, com “tudo ardido à volta”, conta que ficou “satisfeito”. “A rádio não estava a emitir, mas estava viva. Passados três ou quatro dias tivemos a rádio no ar para contar esta história. Passado ano e meio fizemos este livro”.
A apresentação do livro ficou marcada pelo descontentamento dos lesados agrícolas, mas também pela coragem e resiliência de todos.
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