Saúde

Quem tem este tipo de sangue tem mais probabilidade de desenvolver cancro do pâncreas

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 3 horas atrás em 25-06-2025

Imagem: depositphotos.com

Estudos científicos revelam uma associação preocupante entre o tipo de sangue e o risco de desenvolver cancro do pâncreas.

PUBLICIDADE

publicidade

De acordo com investigações publicadas na revista Cancer Epidemiology, Biomarkers and Prevention e pelo National Cancer Institute, pessoas com o tipo de sangue O apresentam uma maior probabilidade de serem diagnosticadas com este tipo de tumor, considerado um dos mais agressivos do sistema digestivo.

PUBLICIDADE

Além do tipo sanguíneo, fatores como o tabagismo, dieta desequilibrada e histórico familiar são também apontados como elementos de risco, sendo que alguns podem ser modificados com hábitos saudáveis. Contudo, o tipo de sangue — uma característica genética — está fora do controlo individual, tornando-se um fator importante a vigiar.

O investigador Brian Wolpin, um dos autores principais de um dos estudos, sublinha que esta ligação pode ser explicada, em parte, pela maior propensão que pessoas com sangue tipo O têm de ser infetadas pela bactéria Helicobacter pylori, a qual está associada ao desenvolvimento de úlceras estomacais e poderá aumentar o risco de cancro pancreático.

Além do tipo O, também os tipos A e B revelaram uma incidência acima da média em alguns dos estudos analisados, o que reforça a necessidade de maior vigilância médica e rastreios em grupos de risco.

O cancro do pâncreas trata-se de um tumor que afeta as células exócrinas e endócrinas do pâncreas, podendo disseminar-se para outros órgãos próximos, como o estômago e o intestino delgado, ou mesmo através da corrente sanguínea, atingindo zonas mais distantes do corpo.

Os principais sintomas incluem dor abdominal persistente, icterícia (pele e olhos amarelados), urina escura, fezes claras e fadiga extrema. Como formas de prevenção, especialistas recomendam não fumar, manter uma dieta equilibrada e procurar assistência médica ao menor sinal de alerta.

Este tipo de cancro continua a ser um dos mais difíceis de diagnosticar precocemente, o que torna estes estudos especialmente relevantes no combate à doença. A identificação de fatores de risco menos evidentes, como o tipo de sangue, pode ser uma peça-chave para diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE