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Quebra-Natas, quem conhece não esquece

Angel Machado | 4 horas atrás em 30-06-2025

Entre o Arco de Almedina e o Quebra-Costas situa-se um dos enigmas urbanísticos da Baixa: o Quebra-Natas.

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Uma portinha discreta, quase clandestina, fica logo ao lado, numa curva íngreme da rua apertada que leva à cidade velha. Muitos já sabem: ali não se corre, não se dança e não se finge ser elegante. A melhor forma de continuar a subida para a Alta da cidade é fazer uma pausa nesse “cantinho” de Coimbra.

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Quem atravessa o Arco de Almedina para subir o Quebra-Costas, à direita, depois de descobrir o céu, o Quebra-Natas acolhe os que buscam mais do que um café e um pastel de nata.

O nome é uma provocação, uma homenagem ao Quebra-Costas — afirma o empresário Adriano Leandro. O Quebra-Natas é como quem quebra regras ou costumes. Os que vêm de longe suspeitam do exagero — afinal, como pode um simples pastel ser assim tão falado? Mas basta uma dentada para perceber: há verdade no rumor e há Coimbra naquela massa folhada.

“Este ponto tem uma atmosfera única”, afirma Leandro. Frequentado por turistas, estudantes e futricas, o Quebra-Natas fica numa encruzilhada de culturas: cafés, lojas de artesanato, pequenas galerias e músicos de rua que contribuem para um ambiente fervilhante e, multicultural.

Talvez o Quebra-Natas não entre nos roteiros turísticos, nem figure nos postais da cidade, mas quem o conhece não o esquece. Fica quase sob o Arco de Almedina — que já viu reis, poetas, estudantes e revoltas. Agora, vê turistas de chinelo e mochila, gente de passo curto, e vê, também, o Quebra-Natas servir um pouco de Portugal aos muitos que ali passam.

O Quebra-Natas oferece memória gustativa com sabor a História.

O horário de funcionamento é: de domingo a quinta-feira, das 11:00 às 19:00; e, às sextas-feiras e sábados, das 10:00 às 22:00.

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