A tradição de acender uma vela na Véspera de Natal tem origem numa história de luz, esperança e comunidade.
Reza a lenda que um sapateiro, cuja cabana se situava num cruzamento perto de uma aldeia, deixava todas as noites uma vela acesa na janela para iluminar o caminho aos viajantes. Quando uma guerra obrigou os jovens a deixar a aldeia, o gesto do sapateiro manteve a chama da esperança acesa.
Na noite de Natal, inspirado pela sua persistência, os restantes habitantes acenderam velas nas suas casas, iluminando todo o casario. À meia-noite, os sinos anunciaram o fim do conflito e o regresso dos jovens, consolidando a tradição, escreve o site Aldeias do Xisto.
Esta história reflete também a essência das Aldeias do Xisto. Algumas aldeias conseguiram sobreviver porque houve quem mantivesse a luz acesa, mantendo viva a ligação à terra, aos saberes tradicionais e à vida comunitária. Com o tempo, outros habitantes e utópicos juntaram-se a essas comunidades, reconstruindo aldeias, criando negócios e projetos inovadores, multiplicando a presença de velas e consolidando a identidade do território.
Hoje, duas décadas depois, as Aldeias do Xisto afirmam-se como uma marca turística diferenciadora, baseada em valores antigos mas aberta a novas ideias. A região destaca-se pela genuinidade, pelo contacto direto com a natureza e pela preservação de tradições seculares, oferecendo experiências que unem cultura, paisagem e vida comunitária.
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