Já alguma vez acordou com dor no maxilar ou que está a cerrar os dentes com frequência? Pode ser bruxismo — um distúrbio muitas vezes silencioso, mas que pode causar sérios danos nos dentes e dores faciais.
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O bruxismo é caracterizado pelo ato de ranger ou apertar os dentes, seja durante o sono (bruxismo noturno) ou ao longo do dia (bruxismo diurno). Em muitos casos, a pessoa nem percebe que sofre com o distúrbio até que os sintomas se agravam.
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Os sintomas mais comuns incluem: “ranger audível dos dentes (especialmente à noite), dentes desgastados, rachados ou lascados, dor no maxilar, pescoço ou rosto, dificuldade para abrir a boca, zumbido no ouvido ou dores de cabeça frequentes e problemas de sono”, como se pode ler no artigo da UniLabs.
Alguns sintomas só são detetáveis em consultas com o dentista, por isso o acompanhamento odontológico regular é essencial.
As causas do bruxismo ainda não são totalmente compreendidas, mas podem envolver fatores emocionais, neurológicos, genéticos e hábitos comportamentais. O bruxismo noturno costuma estar associado a distúrbios do sono, como a apneia. Enquanto que o diurno está frequentemente ligado a stress, ansiedade, frustração ou momentos de concentração intensa.
Outros fatores de risco incluem uso de certos medicamentos (como antidepressivos ISRS), consumo excessivo de cafeína ou álcool, distúrbios neurológicos e condições como Parkinson, demência e refluxo gastroesofágico.
Se não for tratado, o bruxismo pode causar danos dentários irreversíveis, além de disfunções da articulação temporomandibular (ATM), dores intensas no rosto e cabeça, alterações na estética facial, bem como distúrbios do sono. Em casos graves, pode ser necessária a reabilitação com próteses ou restaurações dentárias.
Embora muitas crianças superem o bruxismo sem necessidade de intervenção, adultos com casos severos devem buscar tratamento. As opções incluem protetores bucais ou goteiras que protegem os dentes e aliviam a pressão na mandíbula. Técnicas de relaxamento e redução de stress através da meditação, terapia cognitivo-comportamental, fisioterapia, assim como reduzir consumo de cafeína, álcool e tabaco e, por fim, os medicamentos como relaxantes musculares antes de dormir (uso temporário e supervisionado).
Para controlar a tensão e aliviar a dor, recomenda-se aplicar compressas quentes ou frias na área dolorida, realizar exercícios específicos para relaxar o maxilar e evitar hábitos como mastigar objetos duros ou apoiar o queixo com a mão.
Em casos suspeitos de bruxismo noturno ou associado a apneia do sono, pode ser necessário um exame de polissonografia, que avalia o comportamento durante o sono e ajuda a identificar distúrbios relacionados.
Embora nem sempre seja possível prevenir, exames dentários regulares e mudanças no estilo de vida podem reduzir o risco e ajudar no diagnóstico precoce.
Ranger os dentes pode parecer inofensivo, mas os efeitos acumulados no tempo podem ser severos. Identificar e tratar o bruxismo cedo é a chave para proteger a saúde bucal e o bem-estar geral.
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