Fernando Valente, acusado de matar Mónica Silva, uma grávida de sete meses desaparecida na Murtosa em outubro de 2023, o ambiente em frente ao Tribunal de Aveiro é carregado de tensão, expectativa e indignação.
Guilhermina Silva, moradora local e conhecida da família da vítima, esteve esta manhã, 7 de julho, no local para expressar o seu apelo direto ao coletivo de juízes e jurados: “Ele devia apanhar os 25 anos de cadeia. Ou foi ele ou foram os pais. Quem mais teria interesse em fazer mal à Mónica?”, afirmou convicta.
A mulher conta que conhecia bem Mónica e a irmã, Sara, que geriam juntas um café na zona da Murtosa. “Elas eram muito amigas, estavam sempre a rir. Conheci-as bem. Nunca vi o Fernando no café, mas quando a Mónica desapareceu, desconfiei logo dele”, diz.
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Guilhermina critica o facto de grande parte do julgamento ter decorrido à porta fechada: “Fecharam as portas, não sei porquê. Deviam ter deixado o público assistir. Isso só protege o acusado. Mas espero que o dinheiro não compre a justiça.”
Para esta mãe e cidadã comum, qualquer pena abaixo da pena máxima seria um erro irreparável: “Além de matar a Mónica, matou também o bebé. Ela já tinha sete meses de gravidez. É uma injustiça se não for condenado ao máximo. E nem devia estar em prisão domiciliária. Devia estar mesmo preso.”
Fernando Valente chegou hoje ao Tribunal de Aveiro pouco depois das 9h, de forma discreta, sem grande aparato policial e quase sem ser notado pelos jornalistas no local. Está agora no interior do edifício, onde aguarda a decisão do coletivo de juízes e dos jurados — oito no total, sendo quatro efetivos e quatro suplentes — que irão ditar a sentença.
A comunidade local, e sobretudo a família e amigos de Mónica, espera justiça.
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