PSP diz que efectivo presente no Cidade de Coimbra foi o adequado

A Polícia de Segurança Pública de Coimbra assegura que o número de elementos policiais e de segurança privada presentes no Académica 1 – Famalicão 1 foi o adequado, mas não indica quantos efectivos estavam na área durante os desacatos de domingo no Estádio Cidade de Coimbra.
Respondendo a questões colocadas por NDC, a PSP afirma que “tinha conhecimento que iria haver um aumento do número de espectadores mas não do seu número exato, o que só é possível conhecer com antecedência quando a lotação do recinto está esgotada”.
“O efectivo da PSP presente no estádio foi o adequado face às informações existentes e às normas legais que regem a sua nomeação. Para além do reforço do efectivo normalmente nomeado em serviço remunerado, também o efectivo no exterior do estádio foi reforçado”, garante a PSP-
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A polícia assegura que o número de elementos da segurança privada presentes estava de acordo com o que a lei exige.
No domingo, policial disse à agência Lusa que uma mulher adepta do Famalicão sofreu ferimentos na cabeça, depois de ter sido atingida na cabeça por uma cadeira supostamente arremessada por adeptos da ‘briosa’, quando se encaminhava para a saída do estádio.
Com os nervos à flor da pele, alguns desentendimentos dentro do campo entre dirigentes e jogadores foram depois transmitidos para as bancadas, com os adeptos visitantes a terem de sair escoltados e debaixo de grande confusão.
Fora do estádio, a polícia teve de intervir para separar os adeptos dos dois clubes e criar um cordão de segurança para evitar mais desacatos e permitir que vários autocarros com os apoiantes do Famalicão pudessem sair em segurança e em sentido proibido.
O Futebol Clube de Famalicão publicou no seu Facebook que “final da partida registaram-se incidentes com arremesso de cadeiras das bancadas superiores do estádio em direção ao setor onde estavam os adeptos do Futebol Clube de Famalicão, que depois foram encaminhados para o exterior quando não estavam ainda criadas as condições de segurança necessárias para a sua saída”.
“Lamentavelmente entendemos que não foram tomadas as medidas preventivas que um jogo de mais de quatro mil adeptos exigia. A força policial com 11 elementos é manifestamente escassa para conseguir conter qualquer alteração da ordem pública, como foi o caso”, afirma o Famalicão.
Recordamos que a requisição de policiamento de espetáculos desportivos é obrigatória em competições desportivas de natureza profissional como a Liga Profissional de Futebol.
A responsabilidade pelos encargos com o policiamento de espetáculos desportivos é suportada pelos respetivos promotores.
Relativamente a espetáculos que envolvam a categoria sénior, como era o caso, a relação policial/espectadores deve, em jogos de risco elevado, ser na ordem de 1/200 e, em jogos de risco normal, na ordem de 1/500 ou 1/600, não podendo, em caso algum, o número de agentes a destacar ser inferior a três.
No Académica 1- Famalicão 1 estiveram 4402 espectadores. Não vimos mais que uma dúzia de elementos policiais.
Diz a Lei que, quando, atendendo a fatores excecionais e invocando fundamentação adequada, o comando territorialmente competente o considere necessário, pode, no caso em apreço, propor à Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública, a atribuição de um número de efetivos superior ao determinado.
A decisão a que se refere o número anterior é adotada pelo comando territorialmente competente quando o promotor apresente a respetiva requisição em prazo inferior a oito dias úteis a contar da data do espetáculo ou o promotor dê a sua concordância ao projeto de proposta de atribuição de um número de efetivos superior ao estabelecido.
A fundamentação da proposta obedece alguns critérios como: Grau de risco previsto; Fase da competição; Contexto da realização da competição; Condições gerais de segurança, acessibilidade e localização do recinto e área envolvente.
A Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) anunciou que vai instaurar um processo de averiguações na sequência dos desacatos entre adeptos da Académica e do Famalicão, no final do jogo da II Liga, que causaram um ferido.
“Na sequência dos incidentes verificados na partida entre Académica e Famalicão, a Liga Portugal irá tomar medidas no sentido do apuramento de responsabilidades, através da instauração de um processo de averiguações”, referiu a entidade, numa nota enviada à Agência Lusa.
“A LPFP repudia e condena este género de incidentes no futebol, pelo que solicitará às forças de Segurança Pública destacadas na partida realizada em Coimbra o envio, com caráter de urgência, do relatório das ocorrências do jogo, de que se lamenta a existência de um ferido”, conclui a nota.
A Académica não comenta o que aconteceu no final do jogo que decorreu no último domingo no Estádio Cidade de Coimbra.
No domingo, Pedro Roxo foi à sala de imprensa analisar o trabalho da arbitragem, mas não falou das zaragatas entre atletas, dirigentes e adeptos. Ontem, depois de participar numa reunião com clubes da Segunda Liga, o líder da Académica mandou dizer pela assessoria de imprensa que não deseja falar sobre este tema.
Os dois clubes, que ontem estiveram juntos numa reunião de emblemas da segunda divisão, já disseram que o que aconteceu não coloca em causa a relação entre Académica e Famalicão.
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