A Polícia de Segurança Pública (PSP) detetou na quinta-feira 10 crianças em situação de perigo grave, rodeadas de sucata, e sem supervisão, durante uma ação de fiscalização a uma creche ilegal na freguesia de Casal de Cambra, Sintra.
Hoje, em comunicado, a PSP adianta que, em articulação com o Serviço de Ação Social da Junta de freguesia de Casal de Cambra, Serviço Municipal de Proteção Civil de Sintra e da Polícia Municipal de Sintra, realizou uma ação de fiscalização direcionada a uma presumível creche, a funcionar de forma ilegal.
A PSP conta que, durante a ação de fiscalização, foram encontradas 10 crianças, com idades até aos 3 anos, sozinhas e sem qualquer tipo de supervisão.
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“As crianças encontravam-se a brincar diretamente num pátio, sobre um piso de calçada, rodeadas de sucata, ferro velho enferrujado, madeiras pontiagudas e ferramentas, representando um risco sério e iminente para a sua integridade física”, adianta a polícia.
A PSP refere que os pais das crianças foram de imediato contactados, tendo-se estes deslocado ao local para ir buscar os filhos.
“De salientar que vários pais revelaram não saber a localização exata da creche, tendo apenas conseguido aceder ao local através da partilha de coordenadas GPS, uma vez que os filhos eram recolhidos por um motorista ao serviço da referida ama/creche”, conta a PSP.
Segundo a força policial, durante a recolha das crianças, alguns encarregados de educação contaram ter visto marcas suspeitas e hematomas nos filhos, situação que foi desde logo reportada às entidades competentes para investigação.
Os pais contaram à PSP ter encontrado a creche através de anúncios em plataformas ‘online’ e redes sociais.
Durante a ação de fiscalização, a PSP confirmou que o espaço não tinha qualquer tipo de licenciamento para o exercício da atividade, nem reunia as condições mínimas exigíveis de segurança, higiene ou salubridade para acolhimento de menores.
Na nota, a PSP apela aos cidadãos para que verifiquem sempre a legalidade das instituições onde colocam os filhos e denunciem situações suspeitas através das plataformas oficiais ou presencialmente nos departamentos policiais.
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