Coimbra

PSD vai reclamar liderança da ANMP e ANAFRE (e lamenta desastre em Coimbra)

Notícias de Coimbra | 1 hora atrás em 13-10-2025

O presidente do PSD afirmou hoje que os sociais-democratas voltaram a ser “o maior partido no poder local”, com mais votos, mais mandatos, mais presidentes de Junta e de Câmara, estando em condições de liderar a ANMP e ANAFRE.

Luís Montenegro reagia aos resultados autárquicos na sede do PSD/Porto, onde o partido acompanhou a noite eleitoral.

O PSD, sozinho e em coligação, conseguiu entre 134 e 135 câmaras, segundo dirigentes do partido, o que lhe permitirá voltar a liderar a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias, que tinha perdido em 2013.

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Luís Montenegro começou por agradecer aos portugueses a confiança que foi depositada no PSD, salientando que o partido que lidera “teve mais votos, mais mandatos, elegeu mais presidentes de junta de freguesia, elegeu mais presidentes de Câmara Municipal e obteve uma vitória histórica nos cinco maiores concelhos do país”.

O PSD, sozinho ou coligado, venceu em Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Sintra e Cascais.

“Convido-vos a procurarem nos vossos apontamentos o último primeiro-ministro do PSD que venceu eleições autárquicas no exercício da função”, afirmou, numa referência implícita ao antigo primeiro-ministro Cavaco Silva, que as venceu em 1985, já primeiro-ministro.

Nas mais recentes vitórias autárquicas do PSD (em 2001, 2005 e 2009), o partido estava na oposição.

“Eu não vou dizer que é um resultado histórico, mas é extraordinariamente relevante”, disse, pedindo à comunicação social uma “análise objetiva da performance eleitoral do PSD” desde que assumiu a liderança do partido em 2022.

Montenegro já tinha salientado que os sociais-democratas lideram atualmente as duas Regiões Autónomas e são também o maior partido na Assembleia da República.

“Isso dá-nos uma grande responsabilidade, a responsabilidade de não falhar, a responsabilidade de traduzir em decisões concretas, em objetivos e em resultados, aquilo que é a confiança que recebemos do povo”, afirmou, assegurando que não irá desperdiçar “a expressão de um caminho de estabilidade, de confiança”.

O líder do PSD deixou ainda um remoque aos seus adversários políticos, dizendo que “toda a gente se apresentou como ganhador”.

“Cada um apresenta o seu ângulo, mas do ponto de vista objetivo, nós éramos a segunda força com maior representação em termos de presidência da Câmara, somos a primeira, éramos a segunda força com maior representação em termos de residentes de Junta, somos o primeiro. Não éramos a força política que tinha mais votos e mais mandatos, neste momento somos. Eu não sei o que é que posso dizer mais para poder comprovar a vitória eleitoral que tivemos”, afirmou.

Montenegro salientou que traçou o objetivo de voltar a colocar o PSD como maior partido autárquico mal assumiu a liderança, em 2022.

“Bem sei que muitos consideraram esse um objetivo inalcançável, difícil, por que a diferença de representação face ao PS era muito significativa”, disse, referindo-se às 35 câmaras que separavam os dois partidos em 2021.

Montenegro admitiu que o PSD teve “algumas surpresas menos agradáveis”, considerando que “faz parte das noites eleitorais das eleições autárquicas”, sem concretizar, mas numa noite em que o partido perdeu bastiões como Viseu ou Bragança, e capitais de distrito como Coimbra e Faro.

“Tivemos muito mais, não vou dizer surpresas, mas o reconhecimento de vitórias eleitorais, mais do que qualquer outra força política”, considerou.

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