Política

PSD sugere falta de confiança dos portugueses no Governo para o combate à epidemia

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 19-01-2021

O líder parlamentar do PSD acusou hoje o Governo de ter sido vago e de ter improvisado na adoção de medidas no combate à epidemia da covid-19, sugerindo que já perdeu a confiança dos portugueses.

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Esta posição foi transmitida por Adão Silva na abertura do debate sobre política geral com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, depois de ter coincidido com António Costa na análise à gravidade da situação sanitária em Portugal e nos elogios ao “altruísmo” dos profissionais de saúde.

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Na parte final da sua interpelação ao líder do executivo, o presidente do Grupo Parlamentar do PSD passou às críticas ao Governo.

“O Governo não cumpriu o seu papel, foi vago, tendo anunciado um confinamento de faz de conta, com tantas e tantas exceções de regras – regras que deveriam ter sido claras, límpidas, entendíveis. O próprio Governo foi o primeiro a reconhecer que as regras não estavam bem delimitadas nem desenhadas e, por isso, de sexta-feira para segunda-feira, foi preciso corrigir aquilo que tinha ficado errado”, apontou o presidente da bancada social-democrata.

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Em estilo de pergunta, Adão Silva questionou António Costa se reconhece que, no combate à covid-19, “houve falta de planeamento da parte do Governo e se houve um exercício muito de improviso”?

“Há já uma falta de credibilidade da parte do Governo e de vossa excelência em relação aos portugueses? Ou, pelo contrário, há falta de confiança dos portugueses em relação a este Governo?”, perguntou.

Estas questões sobre os níveis de credibilidade do Governo António Costa remeteu-as para os “analistas”.

“Em setembro, o Governo declarou o estado de contingência; em 15 de outubro, foi decretado o estado de calamidade; em 02 de novembro, pedimos ao Presidente da República que decretasse o estado de emergência. Com grande consenso nacional, o Governo bateu-se para que fosse evitado um novo confinamento geral, porque todos temos consciência do custo desse confinamento”, respondeu António Costa.

Depois, o primeiro-ministro invocou palavras que proferiu em abril passado no que respeita à atuação do Governo em relação à contenção da covid-19.

“Num momento em que se preparava o desconfinamento de maio, disse que nunca teria o menor rebuço ou vergonha em dar um passo atrás se as circunstâncias impuserem”, observou.

Justificando a realização de dois conselhos de ministros entre sexta-feira e segunda-feira, para a adoção de medidas de combate à covid-19, António Costa alegou que o Governo atuou “tendo em conta aquilo que se estava a ver acontecer, o que exigia uma resposta imediata”.

“Quando permitimos a um restaurante que continuasse a funcionar em take-away, nós não estávamos a abrir a porta para que se montasse uma esplanada improvisada para as pessoas estarem à porta a beber café ou tomar uma cerveja. Foi esse sinal claro que quisemos dar. E tomaremos sempre as medidas que em cada momento se justificarem”, acentuou.

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