Política

PSD requer debate de urgência com António Costa sobre a “situação política e a crise no Governo”

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 29-12-2022

O PSD requereu hoje um debate de urgência com o primeiro-ministro, António Costa, na sessão plenária da próxima quarta-feira sobre o tema “situação política e a crise no Governo”, após a demissão de Pedro Nuno Santos.

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“O Grupo Parlamentar do PSD, ao abrigo do artigo 72.º do Regimento da Assembleia da República, vem requerer a Vossa Excelência, a marcação de um Debate de Urgência, com a presença do Senhor Primeiro-Ministro, sobre o tema ‘Situação Política e a Crise no Governo’, para a Sessão Plenária da Assembleia da República do próximo dia 4 de janeiro de 2023 (Quarta-Feira)”, lê-se no requerimento apresentado pelo PSD e endereçado ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

O requerimento surge depois de esta manhã, o vice-presidente do PSD Paulo Rangel ter exigido que António Costa “dê uma explicação cabal” na Assembleia da Republica “já na próxima semana”, considerando que há uma “epidemia de crises políticas” no Governo socialista com 11 demissões em sete a nove meses.

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Na ótica de Paulo Rangel, o “primeiro-ministro não se pode esconder” e “tem de dar explicações ao país” no parlamento.

“Doutor António Costa, o tempo não é de se esconder. O tempo é de responder (…). Nunca nos habituaremos a esta navegação à vista sem rumo. Nunca nos habituaremos a esta política de empobrecimento”, disse o vice-presidente do PSD.

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, demitiu-se na quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros da TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro.

Esta foi a terceira demissão do Governo em dois dias, depois de Alexandra Reis, da pasta do Tesouro, no centro da polémica com a indemnização, e do secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Santos Mendes, que acompanhou a decisão de Pedro Nuno Santos.

A Iniciativa Liberal já anunciou uma moção de censura ao Governo, no parlamento, onde o PS tem maioria absoluta.

O ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu na terça-feira a secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de Alexandra Reis ter tomado posse e após quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros da TAP, tutelada por Pedro Nuno Santos.

Alexandra Reis recebeu uma indemnização por sair antecipadamente, em fevereiro, de administradora executiva da transportadora aérea. Em junho, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV) e este mês foi escolhida para secretária de Estado do Tesouro.

A decisão de indemnizar Alexandra Reis, noticiada pelo Correio da Manhã, foi criticada por toda a oposição e posta em causa até pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao dizer que seria “bonito” prescindir da verba.

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