A Distrital de Coimbra do PSD, no cumprimento da sua competência estatutária, deverá homologar a aspiração de Nuno Freitas em se candidatar à presidência da Câmara local, disseram a NDC fontes partidárias.
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O artigo 43º. dos Estatutos do Partido Social-Democrata atribui à CPD (Distrital) a prerrogativa de “aprovação das listas de candidaturas aos órgãos das autarquias locais sob proposta da Comissão Política de Secção” (Concelhia).
Há dois meses e meio, a Concelhia conimbricense do partido, ao anunciar a indigitação de Nuno Freitas para potencial sucessor de Manuel Machado (PS), prometeu promover, em breve, “o envolvimento directo” dos militantes na “fase decisiva da escolha” de uma equipa para a principal autarquia de Coimbra.
Volvidas três semanas sobre tal anúncio, o dirigente do PSD António Maló de Abreu concedeu ao Diário de Coimbra uma entrevista a reclamar para a Comissão Política Nacional (CPN), de que ele é membro, a faculdade de escolha dos cabeças de listas para os concelhos que coincidem com capitais de distritos.
Independentemente de se tratar de uma “das regras” definidas pela CPN, a medida não encontra respaldo nos Estatutos do Partido Social-Democrata.
Acresce, segundo Maló de Abreu, outra regra, que consiste em “as escolhas só ocorrerem a partir do início de 2021” (a menos de um ano das próximas eleições autárquicas), prazo que colide com o calendário implícito no anúncio feito, no começo de Julho, pela Concelhia conimbricense social-democrata.
Para Carlos Lopes, sucessor de Nuno Freitas na liderança concelhia do PSD/Coimbra, o partido “não pode perder mais tempo e voltar a fazer os mesmos erros do passado”.
“Coimbra afunda-se cada vez mais sem alternativas credíveis”, preparadas em tempo útil, opinou Carlos Lopes, em cujo ponto de vista “é a hora de o PSD dar um sinal numa proposta de mudança” dirigida aos munícipes conimbricenses.
“Tudo o que contrarie as orientações [da CPN] é manifestamente desajustado, propositadamente inconveniente e altamente prejudicial à estratégia do PSD para as eleições autárquicas, incluindo o que se passará em Coimbra, por não ser excepção”, alegou o dirigente nacional do partido em entrevista concedida ao DC.
Para Maló de Abreu, “um(a) candidato(a) tem de ter condições objectivas para poder ganhar a Câmara Municipal de Coimbra” e “é também importante” que o único propósito da candidatura consista em “colocar Coimbra como prioridade das prioridades”.
Manuel Machado encontra-se em segundo mandato consecutivo, depois de ter cumprido três entre 1990 e 2001.
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