O PSD acusou hoje o presidente da Assembleia da República de não ter agido de forma imparcial e com rapidez quanto ao projeto de referendo sobre eutanásia, dizendo que Santos Silva “parece não ter conseguido despir a camisola do PS”.
Na resposta, o presidente do parlamento rejeitou as “considerações excessivas” da bancada do PSD e assegurou que agiu com “a máxima diligência” em todo o processo.
“Quanto à altura que o seu partido escolheu para usar este seu direito é uma decisão do seu partido”, acrescentou Santos Silva.
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O incidente parlamentar aconteceu depois de ser anunciada no início da sessão plenária a decisão do presidente da Assembleia – já conhecida desde quarta-feira – de não admissão do projeto de resolução do PSD, que pedia um referendo sobre a despenalização da eutanásia, e que deu entrada no parlamento na segunda-feira.
O PSD já anunciou recurso para plenário da decisão de Santos Silva e o vice-presidente da bancada social-democrata Joaquim Pinto Moreira lamentou que esse recurso não pudesse ser debatido já hoje, antes da votação final global do texto de substituição da eutanásia.
Num tom tenso e em que Santos Silva, por várias vezes, pediu licença para interromper Pinto Moreira – sem sucesso – o debate prolongou-se por quase meia hora, entre aplausos do PSD e protestos do PS, culminando com um “conselho de lealdade institucional” do deputado socialista Pedro Delgado Alves à bancada do PSD.
“Quando se está num buraco pare-se de cavar”, aconselhou o ‘vice’ da bancada socialista.
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