O PSD acusou hoje o PS de instaurar uma “quase ditadura parlamentar” e de querer “esconder, proteger” o primeiro-ministro de dar explicações sobre o acordo de interconexões energéticas.
Na terça-feira, em conferência de líderes, o PS opôs se à realização de um debate de urgência, já esta semana, sobre o tema, proposto pelos sociais-democratas que pretendiam a presença de António Costa em plenário, invocando a suspensão destas sessões durante o período orçamental em curso.
Em contraponto, os socialistas anunciaram o pedido de uma audição parlamentar do ministro do Ambiente de caráter extraordinário durante o período de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2023, já autorizada pelo presidente da Assembleia da República, sobre as interconexões energéticas.
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Hoje, em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado Duarte Pacheco voltou ao tema para considerar “paradoxal” que se aceite realizar uma comissão – que também não se costumam realizar em período orçamental -, mas não um plenário.
“É paradoxal que o PS para proteger, esconder o senhor primeiro-ministro, recuse de uma forma bruta, à maneira socialista, de quero posso e mando, a reunião plenária e esteja disponível para a reunião em comissão com o ministro do Ambiente”, apontou.
Duarte Pacheco assegurou que o PSD não se irá opor a esta reunião em comissão – que ainda não está marcada – porque quer esclarecer “os portugueses que se trata de um mau acordo”, mas defendeu que deveria ser António Costa a fazê-lo, uma vez que foi ele que negociou o princípio de acordo com Espanha e França.
“É um exemplo de ‘quero, posso e mando’. Esta casa tem regras, mas também há formas de atuar e a forma de atuar do PS infelizmente já esta a passar a fasquia de um comportamento normal em democracia, passando a quase que uma ditadura parlamentar, que não é aceitável, nem compreensível”, acusou.
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