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PS/Coimbra indignado com exclusão dos itinerários complementares da Serra da Estrela

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 14-03-2014

A Federação Distrital do PS de Coimbra aprovou uma moção de indignação pela não inclusão dos Itinerários Complementares (IC) da Serra da Estrela no relatório final do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado.

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Na moção, da autoria de João Ramalhete, o PS/Coimbra manifesta “a sua profunda indignação” por os IC6, 7 e 37, não constarem daquele relatório que vai entrar em discussão pública.

“É evidente que a não construção do IC6, IC7, IC37 ou da autoestrada Coimbra-Viseu prejudica de forma indelével e substancial os concelhos de Oliveira do Hospital, Coimbra, Viseu e Aveiro”, refere o partido, no documento a que a agência Lusa hoje teve acesso.

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Segundo o PS/Coimbra, os itinerários complementares em causa, “previstos no Plano Rodoviário 2000 para resolver os constrangimentos de acessibilidades da região em torno da Serra da Estrela, servem uma zona desfavorecida do país com mais de 100 mil habitantes, e onde existem milhares de empresas que diariamente se veem obrigadas a circular numa rede de estradas totalmente obsoletas e que remontam ao tempo da monarquia”.

A moção refere que a sua execução também “consta do Plano Regional de Ordenamento do Território para a Região Centro (PROT-Centro), que é um instrumento estratégico que estabelece as linhas orientadoras do desenvolvimento, organização e gestão dos territórios da Região Centro, sendo assumidos como vias de estruturação urbana desta zona do país”.

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Estes itinerários, que foram considerados como “Eixos Prioritários de Coesão”, são “absolutamente indispensáveis ao desenvolvimento de toda esta região do país”, considera o PS.

“Numa região onde existe um tecido industrial com forte vocação exportadora, uma das principais vias de comunicação da região na ligação à fronteira de Vilar Formoso e à autoestrada norte-sul, continua a ser a Estrada Nacional (EN) 17, que remonta ao tempo da monarquia”, é também referido.

A EN 17, conhecida como Estrada da Beira, é hoje uma estrada “altamente degradada, com grande sinistralidade rodoviária” e, em consequência da introdução de portagens nas ex-SCUT (vias sem custos para o utilizador), nomeadamente na A25 (Aveiro/Vilar Formoso), regista atualmente um intenso volume de tráfego de pesados, denuncia.

A moção lembra ainda que dos itinerários que foram incluídos no Plano Rodoviário Nacional 2000, “o único IC que entrou em obra foi o IC6, que ficou por concluir, e encontra-se encravado no meio de um pinhal, à saída de Tábua”.

O PS/Coimbra diz não ter dúvidas em como a exclusão dos IC da Serra da Estrela do relatório final “contraria a própria política do Governo”, que defendia “que todas as regiões que foram desfavorecidas, em termos de investimento público, iriam ser beneficiadas no futuro”.

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