Política

PS viabiliza propostas para valorizar bombeiros

Notícias de Coimbra | 5 minutos atrás em 25-09-2025

O PS manifestou-se hoje disponível para viabilizar projetos de lei para a valorização dos bombeiros, enquanto o PSD se manifestou contra “medidas avulsas”, que não vão “resolver o problema de fundo”.

No início do debate sobre projetos do Chega, PS, PCP, CDS-PP, BE e PAN para valorizar os bombeiros, o líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, pediu coragem aos restantes partidos para aprovar as suas propostas, defendendo que os incendiários devem ser equiparados a terroristas e a profissão de bombeiro deve ser reconhecida como de risco e de desgaste rápido.

Pedro Pinto acusou o Governo de tratar os bombeiros “como se fossem descartáveis” e de só se lembrar da sua importância no verão, e acusou a ministra da Administração Interna de “não ter capacidade para o cargo”.

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Pouco depois desta intervenção, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, considerou que as propostas do Chega são “tal e qual cheques sem cobertura: prometem muito, mas na verdade não pagam nada”.

“O senhor deputado Pedro Pinto sabe quanto custa cada uma das propostas que aqui apresentou? Sabe e pode elencar as medidas que este Governo já tomou em nome dos bombeiros e das corporações de bombeiros deste país?”, perguntou, com o deputado do PSD João Antunes do PSD a frisar que “aprovar medidas avulsas não vão resolver o problema de fundo” e a contrapor que são necessárias “soluções duradouras, estáveis e de futuro”.

Já o deputado do PS André Rijo defendeu que deve ser um “desígnio nacional” discutir “com seriedade” questões como assegurar “boas condições de financiamento para as associações humanitárias de bombeiros voluntários” e garantir que se “aprofunda o caminho de profissionalização dos bombeiros”, afirmando que é isso que se propõe num projeto de resolução que o seu partido levou a debate.

“A postura do PS neste debate, importante, é a postura de sempre: apresentamos propostas construtivas e bastante concretas e não inviabilizaremos as iniciativas que visem melhorar as condições de financiamento para as associações humanitárias e que valorizem o papel dos bombeiros na sociedade portuguesa, porque isso é da mais elementar justiça fazer-se”, afirmou.

Por sua vez, o deputado da IL Jorge Teixeira frisou que há vários anos que há debates e propostas sobre os bombeiros na Assembleia da República, mas, ainda assim, a situação parece “manter-se igual”, porque se opta por “não enfrentar os problemas de frente”.

“Porque é muito mais fácil simplesmente propor aquilo que parece bem, distribuir mais dinheiro, distribuir mais benesses”, criticou.

O deputado do CDS-PP João Almeida sugeriu que o Chega, com a apresentação das propostas, está a instrumentalizar os bombeiros, pedindo-lhes que julguem os políticos não por “‘slogans’ ou deslocações a manifestações”, mas por resultados.

Pelo Livre, o deputado Jorge Pinto acusou o Chega de ser um “partido incendiário” e de se “prestar ao ridículo quando, numa ofensa aos bombeiros e às populações publica um vídeo de André Ventura a apagar um fogacho com um raminho”, defendendo que os bombeiros precisam de “mais do que chavões”.

À esquerda, a líder parlamentar do PCP, Paula Santos lamentou que, após a época de incêndios, “não tenha havido do Governo uma única medida dirigida aos bombeiros”, considerando que isso demonstra um “enorme desprezo” pela profissão.

A deputada do BE Andreia Galvão também acusou o executivo de todos anos “demitir-se da sua responsabilidade” após os incêndios e esperar por setembro “para impor um tema totalmente diferente, num ato de amnésia propositado”.

A deputada única do PAN, Inês Sousa Real, lamentou que os restantes partidos não tenham aprovado uma proposta do partido para reconhecer o crime de ecocídio, considerando que permitiria combater o incendiarismo, e o deputado do JPP, Filipe Sousa, apelou a que se aprove o reconhecimento da profissão de bombeiro como de desgaste rápido.

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