A Lei de Murphy fez das dela no âmbito do PS/Figueira da Foz, que acaba de ficar sem candidato à Câmara local.
“Se pode correr mal, vai correr mal”, eis, em síntese, o alcance da Lei de Murphy.
Na Figueira, a vida do Partido Socialista enveredou pela via de não correr bem. Por um lado, o principal opositor do PS dá pelo nome de Pedro Santana Lopes; por outro, um partido desavindo e um naipe de vereadores que mal aqueceram o lugar agravaram as dificuldades.
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Se prevalecesse a facilidade, Raquel Ferreira, líder concelhia do PS/Figueira, ou José Miguel Iglésias poderiam protagonizar a escolha do(a) aspirante socialista a sucessor(a) de Santana Lopes. Acresce que o PS figueirense ainda possui para o efeito uma reserva que dá pelo nome de João Portugal, líder distrital do PS/Coimbra.
Acontece que, como ninguém se chegou à frente, a indigitação recaiu em Vítor Rodrigues, mas o ex-militar acaba de desistir da missão de que foi incumbido.
Se a avocação da indigitação do processo para escolha do(a) candidato(a) socialista à Câmara de Condeixa-a-Nova foi desígnio dos órgãos distritais do PS/Coimbra, sê-lo-ia, por maioria de razão, no caso da Figueira da Foz; mas os interesses de castas sobrepuseram-se aos do partido.
Daniel Antão, anterior vice-presidente da Federação conimbricense do PS, afirmou, esta quarta-feira, ter constatado, “com tristeza, que a unidade partidária está posta em causa em vários concelhos do distrito de Coimbra, provavelmente, em resultado de ineficaz liderança política”. É a sina de um fraco líder que faz fraca a forte gente.
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