A vereadora Regina Bento (PS) criticou o aumento dos custos na área da comunicação e marketing.
Ao intervir no Período Antes da Ordem do Dia, a autarca socialista questionou “o crescimento preocupante da despesa com serviços de comunicação e marketing por parte do executivo” de José Manuel Silva.
Regina Bento começou por lembrar “o contrato celebrado com a consultora Nirit Harel logo no início deste mandato, no valor de cerca de 70.000 euros”.
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Tratou-se, no entender da autarca, de um acordo “envolto em opacidade, cujo objetivo nunca foi verdadeiramente esclarecido e cujos resultados continuam por identificar”. “Foi um sinal preocupante do rumo que se viria a confirmar”, frisou.
Neste período, Regina Bento e José Manuel Silva tiveram um “bate papo” com o presidente da câmara a lembrar que esse contrato já tinha sido “escrutinado” pelo Ministério Público e que os resultados desse protocolo serão “conhecidos muito em breve”. “E bons resultados”, garantiu.
Após esta situação, Regina Bento prosseguiu a sua intervenção colocando “sérias dúvidas sobre as prioridades políticas e financeiras da atual gestão”.
“Recentemente, a 10 de fevereiro deste ano, foi publicado no portal basegov mais um contrato de aquisição de serviços de publicidade a agência de comunicação e marketing no valor de 61.727,55 euros. O objeto do contrato é absolutamente vago, remetendo para as peças do procedimento às quais não tivemos acesso. Já o ano passado, em abril, tinha sido adjudicado exatamente à mesma empresa, um outro contrato de aquisição de serviços de publicidade e divulgação de iniciativas da Câmara Municipal no valor superior a 45.000 euros”, disse.
O outro contrato visado foi o dos “serviços de publicidade, comunicação e marketing para eventos específicos”, como por exemplo o evento Coimbra Invest Summit 2025. Neste âmbito, “foram, uma vez mais, contratados serviços de comunicação de marketing no valor de 14.700 euros, conforme contrato publicado no basegov no passado dia 15 de abril”.
“Em nome da transparência e da boa gestão dos dinheiros públicos, importa questionar se os valores investidos nestas áreas são proporcionais aos resultados obtidos e às reais prioridades do concelho”, questionou.
Em resposta a esta intervenção, o presidente da câmara José Manuel Silva explicou estes contratos com “a necessidade de vender a imagem de Coimbra para atrair turistas”. “Temos de a tornar atrativa para, dessa forma, a ajudar a crescer”, frisou.
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