O presidente da Federação Distrital de Coimbra do Partido Socialista, Nuno Moita, exigiu hoje explicações complementares sobre a retirada de alguns investimentos rodoviárias da região do Plano de Recuperação e Residência (PRR), em particular do IC6.
Em comunicado, o dirigente socialista exige saber o enquadramento e data da execução dos investimentos rodoviários que foram retirados, sublinhando que “este eixo [IC6] seria crucial para a coesão territorial e competitividade” para as empresas instaladas e como fator de atratividade para o investimento complementar privado.
PUBLICIDADE
O Itinerário Complementar (IC) 6, com início no IP3, em Penacova, está pensado para ligar Coimbra à Covilhã através do interior do distrito de Coimbra e da encosta sul da Serra da Estrela, mas parou no nó de Tábua, em 2010.
Nuno Moita, que preside também à Câmara de Condeixa-a-Nova, considera que a aquela via, é um fator de “segurança rodoviária dos cidadãos no acesso aos vários serviços, desde a saúde, a educação, a habitação e a atratividade no que concerne à fixação de residentes”.
“Desta forma, a rodovia é determinante para alavancar o desenvolvimento dos territórios, principalmente, nos territórios de baixa densidade não servidos pela ferrovia, como é caso de Oliveira do Hospital que há muito reivindica melhores acessibilidades”, sublinhou.
A 10 de fevereiro, a Infraestruturas de Portugal (IP) lançou concurso público para a elaboração do projeto de execução do troço do Itinerário Complementar (IC) 6 entre os nós de Tábua (distrito de Coimbra) e de Folhadosa (distrito da Guarda).
O projeto a executar engloba o prolongamento do troço existente do IC6 (Catraia dos Poços/Venda de Galizes), com inicio após o nó de ligação de Tábua e término no nó de Folhadosa (concelho de Seia), com ligação à EN17.
Na semana passada, o Governo assegurou que os cinco projetos rodoviários que deixaram de contar com financiamento do PRR serão executados “com recurso a financiamento nacional” por ser essencial a sua implementação.
A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) exigiu que o Governo estabeleça um calendário para a execução, até 2023, das três vias rodoviárias do seu território que foram retiradas do Plano, revela a Lusa.
Em causa, na Região de Coimbra, estão três empreitadas: a ligação ao IP3 dos concelhos a sul, o acesso ao Terminal Ferroviário de Alfarelos e a construção do troço do IC6 entre Tábua e Folhadosa (Seia), passando esta última por Oliveira do Hospital, município presidido por José Carlos Alexandrino.
Os cinco projetos que deixam de contar com financiamento do PRR, são, além daquelas três vias, a ligação entre a autoestrada 23 (A23), em Alcains, Castelo Branco, e a fronteira nas Termas de Monfortinho (IC31) e o novo acesso de Sever do Vouga (distrito de Aveiro) à A25/IP5 (IC35).
Na quarta-feira, os deputados do PS eleitos por Coimbra e Guarda questionaram o Governo no sentido de saberem se a exclusão do IC6 do PRR compromete o calendário das obras.
Em comunicado, o Grupo Parlamentar do PS expressava essa preocupação numa interpelação escrita ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, perguntando se a decisão “põe em causa os procedimentos e prazos estipulados para a execução” da obra.
PUBLICIDADE