Política
PS da Lousã e Miranda do Corvo criticam arranque parcial do Metrobus

Imagem: PS/LOUSÃ Facebook
As Comissões Políticas Concelhias do Partido Socialista da Lousã e de Miranda do Corvo reagiram esta quarta-feira ao anúncio da abertura parcial do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que irá funcionar, numa primeira fase, apenas no troço urbano de Coimbra.
Num comunicado conjunto, os dirigentes socialistas dos dois concelhos manifestam estranheza com a decisão do Governo, liderado pelo PSD, de avançar com a operação do sistema exclusivamente dentro dos limites urbanos da cidade de Coimbra, deixando de fora as populações da Lousã e de Miranda do Corvo, precisamente aquelas que, sublinham, “mais dependeram historicamente do antigo Ramal da Lousã” e que “mais lutaram pela concretização deste projeto”.
“É com surpresa e preocupação que assistimos à escolha de inaugurar apenas o troço urbano, sem qualquer consideração pela urgência sentida pelas populações que, diariamente, necessitam deste transporte para estudar, trabalhar ou aceder a serviços essenciais em Coimbra”, lê-se na nota emitida.
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Os socialistas recordam ainda que foi sob governos do PS que o projeto foi retomado, depois de ter sido “abandonado” durante o executivo de Pedro Passos Coelho. Por isso, não escondem o receio de que esta decisão do Governo PSD seja “uma manobra de eleitoralismo”, tendo em conta a proximidade das eleições autárquicas.
“Seria um grave desrespeito pelas pessoas que foram diretamente afetadas pela desativação do Ramal da Lousã e que continuam à espera de uma resposta definitiva”, criticam.
No mesmo documento, os responsáveis políticos exigem “a abertura imediata do troço até Serpins” e uma “explicação clara e transparente às populações dos concelhos mais lesados”. Reforçam ainda a exigência de que esta inauguração parcial “não implique um único dia de atraso no calendário previamente definido para a abertura total do sistema até à Lousã”.
As autarquias da Lousã e de Miranda do Corvo, ambas lideradas por presidentes do PS, têm mantido, uma “postura de seriedade e persistência” na defesa do projeto. Agora, pedem ao Governo central que “assuma a mesma responsabilidade” e que não penalize as populações “por motivos de natureza político-partidária”.
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